Genro de desembargadora do TJDFT é delator de esquema criminoso
Em colaboração com a Justiça, o empresário José Henrique Gonçalves apresentou provas que culminaram na prisão de seis pessoas em Mato Grosso
atualizado
Compartilhar notícia
Delator de um esquema de desvio de dinheiro público alvejado por operação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE-MT) deflagrada nessa quarta-feira (9/5), o empresário José Henrique Gonçalves é genro da desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Leila Cristina Garbin Arlanch (foto em destaque).
O empresário é casado com a advogada Ana Luiza Garbin Arlanch. Assim como a mãe, Ana Luiza é servidora da Corte brasiliense, onde ocupa cargo de técnico judiciário há cerca de um ano. De férias, a desembargadora não foi encontrada pela equipe de comunicação do tribunal para comentar o envolvimento do genro no esquema de corrupção.
Ao todo, seis pessoas foram presas, em Cuiabá e em Brasília. Entre elas, o deputado estadual Mauro Savi (PSB) e dois primos do atual governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB).
Alvo de uma investigação anterior, José Henrique Gonçalves é a principal fonte do inquérito. Ele apresentou à Justiça conversas por WhatsApp que comprovariam a participação no esquema criminoso dos empresários e políticos detidos.
De acordo com o MPE-MT, José Henrique e o pai, José Ferreira Gonçalves Neto, sócios da EIG Mercados, eram responsáveis por movimentar a “engrenagem da propina” no esquema de desvio e lavagem de dinheiro.
Responsável por um contrato com o Detran-MT para o financiamento de veículos, a empresa é suspeita de desviar parte dos recursos em favor de membros da autarquia e de políticos.
Confira a íntegra da decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que autorizou as prisões.