General Pafiadache é o novo secretário de Saúde do DF
Pafiadache foi convidado pelo governador Ibaneis Rocha e aceitou o desafio nesta sexta-feira (27/8): “Chego para agregar e ajudar”, disse
atualizado
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O general do Exército Manoel Luiz Narvaz Pafiadache é o novo secretário de Saúde do Distrito Federal. Ele foi convidado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) e aceitou o convite nesta sexta-feira (27/8). A coluna Grande Angular antecipou que o nome do general era o mais cotado para o cargo. O anúncio oficial foi feito em coletiva de imprensa, na sede da pasta distrital, na Asa Norte, no começo da tarde desta sexta.
“É uma pessoa que tem larga experiência na saúde pública do DF”, disse o governador, ao apresentar o novo chefe da Saúde do DF.
Até então, Pafiadache atuava como superintendente executivo do Instituto de Cardiologia do DF (ICDF). O general iniciou sua carreira em 1973, na Academia Militar das Agulhas Negras, sediada em Resende, Rio de Janeiro. Formou-se em 1976. Em 48 anos de carreira, já passou pela Presidência da República, como chefe da Segurança de Fernando Henrique Cardoso, de 2000 a 2002.
Também foi assistente do conselheiro militar da Missão Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas (ONU) e organismos internacionais, em Genebra, na Suíça (2003 a 2004), além de diretor administrativo do Instituto Hospital de Base do DF, de 2018 a 2019.
“É um grande desafio. Chego para agregar e ajudar. É assim que vamos enfrentar esse desafio. O governador facilitou a minha chegada com os encaminhamentos que já fez. Vamos identificar o que podemos melhorar e atuar”, disse o novo secretário.
Pafiadache ressaltou que, por ser militar, trabalha bem em equipe e que pretende fazer uma avaliação para atacar os pontos de real necessidade na área da Saúde na capital federal.
“É uma missão que eu recebi do governador. Eu não trabalho sozinho. Vou começar fazendo uma grande análise. Avaliar o que já estava dando certo e o que precisa melhorar”, pontuou.
Reviravolta
Nesta sexta-feira (27/8), após anunciar que assumiria ele mesmo a gestão da secretaria, o governador indicou um substituto temporário de Osnei Okumoto à frente da pasta. O nome de Artur Felipe Siqueira de Brito chegou a ser publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira, porém como interino.
Questionado sobre porque desistiu de assumir o cargo, o governador Ibaneis Rocha esclareceu que precisava de um nome. “Não é que eu desisti. Eu precisava que alguém assumisse a pasta da Saúde do DF. Eu vou continuar trabalhando junto com o general e vou atuar como se fosse. Nada melhor do que você já ter a pessoa. Eu estava procurando a pessoa e já encontrei. O meu compromisso com o general é trabalhar todos os procedimentos de forma bem próxima.”
Nas últimas 24 horas, houve reviravolta envolvendo a área. Osnei Okumoto foi exonerado, e o médico Alberto Aguiar Santos Neto chegou a ser anunciado como novo secretário, mas, pouco tempo depois, desistiu.
“A saída do Osnei vem num momento que precisamos virar a chave da Saúde no DF. Essa nova etapa requer um novo reforço de trabalho. Eles fez um belo trabalho na pasta e, agora, volta para o Hemocentro”, detalhou Ibaneis.
O GDF quer ampliar os esforços na área da saúde. As demais secretarias do governo devem atuar em mais ações conjuntas com a pasta. O secretário de Governo, José Humberto Pires, vai integrar a força-tarefa.
Pafiadache terá, então, o desafio de comandar uma das pastas mais espinhosas das diferentes gestões do Governo do Distrito Federal (GDF).
“A partir desse momento, estamos virando a chave, liberando leitos e vamos remobilizar pacientes dos hospitais, aqueles com Covid-19, para conseguir dar andamento nessas cirurgias. O objetivo é zerar toda a fila até o fim do ano”, disse Ibaneis.
O governador adiantou que os pacientes com Covid-19 internados nos hospitais regionais de Taguatinga, Ceilândia e Gama serão transferidos para hospitais de campanha. O objetivo é desafogar as unidades de saúde, para que o DF possa zerar a fila de 40 mil cirurgias.
Além de administrar as próximas fases da pandemia da Covid-19, como a continuidade da vacinação dos brasilienses e até o preparo para uma possível nova onda de infecções pela doença, Pafiadache terá de lidar com problemas históricos da área, sobretudo a falta de profissionais de saúde e de insumos e as constantes superlotações das unidades públicas.