GDF retira nome de Honestino Guimarães da placa na Ponte Costa e Silva
Integrantes de movimentos estudantis colocaram um adesivo com nome de líder estudantil sobre a placa da ponte que leva nome de ditador
atualizado
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A Administração Regional do Lago Sul retirou o adesivo com o nome de Honestino Guimarães que foi colocado sobre a placa da Ponte Costa e Silva, nesta quarta-feira (11/8). De madrugada, estudantes renomearam simbolicamente o acesso com o nome do líder estudantil da época da ditadura.
Em nota, a assessoria da administração disse que o adesivo foi retirado no período da manhã. “A placa não foi danificada”, afirmou.
Integrantes de movimentos estudantis colocaram um adesivo com o nome do líder que lutou contra a ditadura sobre a placa fixa que leva o nome do marechal do Exército que instituiu o AI-5.
Representantes dos movimentos Juntos!, Correnteza e da Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico (Fenet) fizeram a troca simbólica do nome da ponte em alusão ao Dia do Estudante, celebrado nesta quarta-feira.
“É necessário homenagear os verdadeiros heróis da sociedade, aqueles que lutaram contra a ditadura militar, e não aqueles que mataram em seu nome”, disseram, em nota.
O grupo afirmou que segue “o exemplo daqueles que queimaram Borba Gato em São Paulo“. A estátua recentemente incendiada homenageia o sertanista, um dos desbravadores do interior do país que capturaram e escravizaram indígenas e negros.
Em 2015, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou uma lei que altera o nome da Ponte Costa e Silva para Honestino Guimarães. Porém, a norma foi derrubada pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), em 2018. O conselho entendeu que a ausência de consulta popular sobre o tema torna a lei inconstitucional.