GDF faz operação para acabar com invasão em terra pública no Tororó
A Delegacia do Meio Ambiente, PMDF e o DF Legal derrubaram a caixa d’água de 20 mil litros, contêiner e outras estruturas dos invasores
atualizado
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O Governo do Distrito Federal (GDF) derrubou a caixa d’água de 20 mil litros e tirou as demais estruturas montadas por grileiros em terras públicas localizadas no Tororó, em Santa Maria (DF), nesta quarta-feira (6/9).
A operação da Delegacia do Meio Ambiente (Dema), DF Legal e Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) ocorreu após o Metrópoles mostrar que um terreno da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), equivalente a 25 campos de futebol dentro de área de proteção ambiental (APA), foi invadido novamente.
A região, conhecida como Tororó, é constantemente invadida por grileiros desde 2020. Dois homens foram denunciados pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) no início deste ano por crime ambiental e parcelamento irregular de solo, justamente pela tentativa de ocupar a gleba à revelia, há três anos.
Na ação, o DF Legal indicou que uma edificação precária de madeira, com aproximadamente de 30 m², foi demolida. Além disso, muros de alvenaria e a fundação das construções também foram demolidos. Os agentes também aterraram dois poços “semi-artesianos”, desligaram um ponto clandestino de energia e apreenderam um contêiner metálico.
À época, como revelado pelo Metrópoles, Eduardo Silvério Moreira e Uneilson dos Reis Almeida usaram tratores para abrir e pavimentar pistas, furaram poços artesianos e instalaram um trailer. A ideia era fazer parcelamentos clandestinos e vender as frações.
A reportagem apurou que Eduardo e Uneilson, que se apresentam como empresários — embora não fique claro de que ramo —, são os mesmos que, na semana passada, dias antes da primeira audiência na Justiça, marcada para a próxima segunda-feira (11/9), tornaram a invadir o terreno e demarcar a região, em Santa Maria, às margens da DF-001, no Km 41 e perto de uma área da Marinha Brasileira.
No lugar foi erguido, em meio ao matagal, um muro com pouco mais de 2 metros. Ao lado da construção, porções de areia aguardavam manuseio.
A uma pequena distância dali, lonas e varais presos a um contêiner denunciam um abrigo improvisado, do qual saem fios que se conectam a câmeras de segurança fixadas em uma grande caixa d’água.