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Funcionários da CEB rejeitam acordo e decidem continuar em greve

Os empregados recusaram proposta feita pela direção da empresa que cortava parte de benefícios

atualizado

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Greve-CEB
1 de 1 Greve-CEB - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Funcionários da Companhia Energética de Brasília (CEB) recusaram, nesta quarta-feira (04/12/2019), proposta feita pela direção da empresa e a greve que já dura dois dias continua.

A companhia propôs cortar benefícios: acabar com o tíquete-peru (bonificação natalina que dobra o valor do tíquete normal) e reduzir de 100% para 75% o reembolso de medicamentos para tratamento de doenças crônicas.

A proposta também condicionou a participação nos lucros à saúde financeira da companhia e reduziu drasticamente os auxílios babá, creche e escola, que atualmente são pagos até os dependentes dos empregados completarem 24 anos.

Em reunião que ocorreu na noite dessa terça-feira (03/12/2019), o comando da empresa conseguiu fazer prevalecer vantagens na negociação de benefícios historicamente pagos aos trabalhadores, mas que estão fora da realidade da maioria dos assalariados. Informou, ainda, que não haveria aumento salarial. Leia mais aqui.

Atualmente, a CEB reúne 914 funcionários e chega a ter salários de até R$ 42 mil em sua folha de pagamento.

Mesmo sendo uma estatal deficitária, a companhia paga até hoje Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Neste ano, foram distribuídos R$ 2,8 milhões a título de PLR. O valor é referente às negociações feitas ainda em 2018.

Ao falar publicamente sobre a situação nessa terça, o governador Ibaneis Rocha (MDB) deu sinais de que não está disposto a ceder. Ibaneis, assim como a direção da CEB, entende que o conjunto de benefícios pagos pela empresa está fora dos padrões e configura, na verdade, privilégios.

A previsão é que o governo endureça o discurso com a manutenção da greve. O GDF trabalha com a perspectiva de entregar a CEB ao setor privado, sob o argumento de eficiência e equilíbrio das contas.

Diretor do Sindicato dos Urbanitários (Stiu) do DF, João Carlos Ferreira disse que a entidade foi favorável ao acordo feito pela CEB, mas a proposta acabou rejeitada em assembleia. De acordo com ele, “a categoria não considerou a oferta suficiente”.

 

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