Filha do piloto de Marília Mendonça: “Foi para um lugar melhor”
Vitória Alves Dias de Medeiros, 20 anos, falou sobre a marca de um ano da tragédia, que ocorreu em 5 de novembro de 2021
atualizado
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A filha do comandante Geraldo Martins de Medeiros Júnior, que pilotava a aeronave que caiu com a cantora Marília Mendonça, falou sobre a data que marca um ano da tragédia.
Em vídeo, Vitória Alves Dias de Medeiros, 20 anos, disse que o pai era o melhor amigo dela e deixou um legado.
“Nesse um ano sem o meu pai foi muito difícil. Meu pai sempre foi uma base na minha vida, amorosa e financeira. Ele era companheiro, sempre foi muito confidente, meu melhor amigo e minha melhor conexão. Foi muito difícil, mas creio que foi para um lugar melhor”, afirmou. Assista ao vídeo:
A filha do comandante que pilotava o avião de Marília Mendonça falou sobre a saudade do pai e o processo que move contra a Cemig por causa do acidente | @Metropoles 👇 ++++ pic.twitter.com/G1xiNR6sB4
— Isadora Teixeira (@tr_isadora) November 6, 2022
Vitória afirmou que o pai “sempre foi uma pessoa muito compromissada, responsável e que amou muito o trabalho dele na aviação”.
Marília Mendonça morre, aos 26 anos, após avião cair em Minas Gerais
Tragédia
Marília morreu após a queda do bimotor Beech Aircraft, da PEC Táxi Aéreo, que levava ela de Goiânia para um show em Caratinga, no dia 5 de novembro de 2021. A aeronave caiu após bater em um fio de alta tensão, ao se aproximar da pista de pouso.
Além da cantora, morreram na queda o produtor dela, Henrique Ribeiro, 32, o tio e assessor, Abiceli Silveira Dias Filho, 43, o piloto Geraldo Medeiros e o copiloto Tarciso Pessoa Viana, 37.
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Processo
A filha do comandante da aeronave processou a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Ela alega que a torre de transmissão com a qual o avião se chocou estava sem sinalização, que deveria ter sido feita pela Cemig.
“Sobre o processo, a única coisa que tenho para falar é que quero que a justiça seja feita. Se tivesse sinalização devida no lugar, não teria acontecido o que aconteceu”, disse Vitória.
Perícia
O relatório preliminar disponibilizado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) diz que as investigações estão em fase final e que a aeronave, durante fase de aproximação para o pouso, colidiu contra uma linha de distribuição de energia da Cemig. Um cabo chegou a ser encontrado em uma das hélices do avião.
A família do comandante Medeiros contratou uma perícia particular, segundo a qual a torre onde a aeronave bateu estava sem sinalização. Para a defesa dos familiares, a tragédia foi causada pela falta de sinalização da torre de energia.
“Fizemos uma perícia circunstanciada ao qual se demonstra que realmente essa torre, independentemente de estar ou não em uma zona de proteção, só por ter sido implantada sem sinalização, a empresa é objetivamente responsável”, alegou o advogado Sérgio Alonso.
Segundo Alonso, a perícia atestou que o equipamento estava a 150 metros acima da pista e exatamente na zona de transição onde a aeronave fez curva para a reta final e pouso. “O comandante Medeiros estava na altura certa. A perícia particular demorou para ser concluída e veio para comprovar o que já imaginávamos”.
Por meio de nota, a Cemig afirmou que a linha de distribuição atingida pela aeronave de Marília Mendonça “está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga”, de forma que não haveria obrigatoriedade para sinalização específica.