Fechada em lockdown, academia do DF pede à Justiça para reabrir
Uma academia de Sobradinho acionou o Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios para funcionar novamente. Lockdown está em vigor há 4 dias
atualizado
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Após decreto estabelecer o lockdown no Distrito Federal, uma academia acionou a Justiça para que possa reabrir durante a pandemia. O mandado de segurança tramita no Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT). A desembargadora Maria Ivatônia é a relatora.
O processo foi impetrado pela Academia Concept, localizada em Sobradinho. “O pedido é para que a academia tenha o direito de exercer o ofício, de abrir para que os usuários possam ser atendidos e fortaleçam a sua saúde. Sabemos que a atividade física melhora a imunidade do cidadão”, disse à coluna Grande Angular a advogada da empresa, Núbia Rodrigues, do escritório Bayma e Fernandes Advogados Associados.
O lockdown está em vigor na capital do país desde a madrugada do último domingo (28/2), impedindo o funcionamento de atividades não essenciais, como as academias. A medida foi tomada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) após os leitos de UTI alcançarem índice de ocupação próximo a 100%. Caso haja a abertura de mais unidades e a taxa de contaminação cair, o governo local pode liberar parte do comércio, incluindo as academias, a partir da semana que vem.
A advogada questionou o fato de parques continuarem abertos: “Nos parques, não há o mesmo controle de aglomeração que haveria dentro de academia, higienização dos equipamentos e uso de máscara”. Ela argumentou que a empresa cumpre todos os protocolos definidos para evitar a proliferação do vírus em suas instalações. Na avaliação de Núbia, se a resposta da Justiça for positiva para a Concept, abre-se precedente para outras unidades do setor voltarem a abrir as portas.
Falência
Reportagem publicada pela coluna Janela Indiscreta, nesta quarta-feira (3/3), revelou a previsão do Sindicato das Academias do Distrito Federal de que 300 estabelecimentos vão fechar definitivamente, caso as atuais medidas restritivas sejam mantidas.
“Isso é muito triste para nós, pois perderemos ambientes de cuidado com a população, meios que podem tratar e combater o coronavírus na capital do país”, afirmou a presidente do sindicato, Thais Yeleni. A categoria vai discutir, em assembleia extraordinária, demissões em massa nas academias.