Favoritismo de Zanin ao STF atesta enfraquecimento do lavajatismo, e Moro reage
O advogado de Lula na Lava Jato, Cristiano Zanin, é o mais cotado para o STF na vaga que será aberta com aposentadoria de Lewandowski
atualizado
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A possível indicação do advogado Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF) atesta que o lavajatismo cada vez perde mais força. Advogado de Lula (PT) em processos da Lava Jato, Zanin é o mais cotado para a vaga atualmente ocupada pelo ministro Ricardo Lewandowski, que se aposenta daqui a dois meses, em maio de 2023.
Nesta segunda-feira (13/3), o ex-juiz da Lava Jato e atual senador Sergio Moro (União-PR) reagiu à possível indicação de Zanin pelo presidente Lula para o cargo no STF e cobrou “impessoalidade”.
O lavajatismo, que impressionou a população com prisões e megaoperações contra corrupção a partir de 2014, foi enfraquecido nos últimos anos. Moro era a figura da Justiça na Lava Jato, mas deixou a magistratura para entrar na política. Em 2021, o Plenário do STF decretou a parcialidade do ex-juiz na ação penal contra Lula no caso do tríplex do Guarujá (SP).
“Um bom resumo do governo Lula até aqui: ataque à lei das estatais para loteamento político, esposas de ministros nos tribunais de contas e o desejo de ter o advogado e amigo pessoal no STF. Onde está a impessoalidade? Como fica a independência das instituições? Estaremos de olho”, escreveu Moro no Twitter.