Família desiste de comprar carro e usa moedas juntadas para salvar cão
Negão da Vovó, um dos dois pets da família de Silvaneide Silva Souza, 37 anos, foi submetido a uma cirurgia após ter a pata quebrada
atualizado
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Uma família que mora na Chácara Santa Luzia, na Estrutural (DF), pagou a cirurgia do cachorro com moedas que juntava para dar entrada em um carro usado.
Negão da Vovó, um dos dois pets da família da dona de casa Silvaneide Silva Souza, 37 anos, foi submetido a uma cirurgia nesta quinta-feira (11/4), após quebrar a pata. “Nós estávamos juntando para comprar um carro no fim do ano. Mas Deus fez outros planos”, contou.
Silvaneide disse que Negão da Vovó saiu para a rua e voltou com a pata quebrada, na quinta-feira passada (4/4). “Chorei, fiquei desesperada, chorando. Não aguentava ver a dor do cachorro naquela situação”, afirmou.
O animal foi levado ao Hospital Veterinário Público de Brasília. “Fizeram os procedimentos e mandaram para casa. Mas, no terceiro dia, começou um cheiro forte. Tirei as faixas, vi que ele estava com fratura exposta e fiquei doida”, relatou.
A família, então, procurou uma clínica particular e descobriu que Negão da Vovó estava com as plaquetas baixas e precisava de nova cirurgia. Para pagar o procedimento, no valor de R$ 2 mil, os tutores do animal usaram as moedas que estavam juntando para dar entrada em um carro usado.
“Tinha R$ 1.050,25 em moedas. Estavam faltando R$ 950. Fizemos empréstimos para pagar no fim do mês”, relatou Silvaneide. Ela mora com os dois filhos, os cachorros Negão da Vovó e Snoopy, e o marido, Gilvanio dos Santos Reis. A renda da família vem do trabalho de Gilvanio, que é ajudante de obras.
A previsão é de que o doguinho tenha alta nesta sexta-feira (12/4). “Nós temos muita fé em Deus, e Deus abençoou. A gente está feliz porque conseguiu R$ 2 mil. Deus aprovou na hora e deu certo. Não vamos abandonar ele por nada neste mundo”, disse.
A família aceita doações por meio da chave Pix 61 998661030, em nome de Gilvanio.
A diretora do Hospital Veterinário, Lindiene Samayana, disse que o cachorro não fez cirurgia na unidade. “Ele passou pela consulta, a gente prescreveu um tratamento, pediu para a tutora retornar para a gente fazer o planejamento da cirurgia dele, mas ela não retornou”, afirmou.
“Ele veio no dia 4 para fazer uma consulta com a gente, passou pela clínica médica, realizou os exames e, depois, passou pela ortopedia. Foram feitos os exames de sangue e raio-x, mas ele estava com a plaqueta baixa e foi solicitado mais um exame para estabilizá-lo para entrar em cirurgia”, afirmou a diretora.