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Falta diesel diariamente em postos do DF, alerta Sindicombustíveis

A alta procura pelo combustível e os efeitos da guerra na Ucrânia têm dificultado a plena oferta de diesel no país, segundo sindicato

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Aline Massuca/ Metrópoles
Placa com descrição de combustíveis
1 de 1 Placa com descrição de combustíveis - Foto: Aline Massuca/ Metrópoles

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, informou que há escassez de diesel na capital federal. O diesel move caminhões, ônibus e alguns automóveis de passeio, como caminhonetes e SUVs.

“Diariamente, no DF, tem ocorrido falta do diesel em vários postos ocasionada pela adequação dos pedidos com a alta demanda”, informou o sindicato em nota divulgada nesta quarta-feira (30/3).

Entenda como funciona o cálculo do preço da gasolina no Brasil:

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)
No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo
O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis
Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado
A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível
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O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecer

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)

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No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo

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O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis

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Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado

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A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível

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O disparo da moeda americana no câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril, que corresponde a mais de R$ 400 na conversão atual

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A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da Fecombustíveis

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Segundo o sindicalista, o fenômeno é resultado da guerra na Ucrânia e do aumento de consumo registrado após a queda de casos da pandemia no mundo, já que o Brasil precisa importar diesel para abastecer o mercado interno.

“Cabe ressaltar que as refinarias da Petrobras produzem apenas 65% do diesel consumido no Brasil, e a diferença precisa ser importada para atender o mercado interno. Como essa importação depende das distribuidoras, e devido às dificuldades acima descritas, a escassez do produto tem provocado forte elevação do preço”, afirmou Paulo Tavares.

Ele acrescentou que o setor de revenda de combustíveis “está sofrendo sérias restrições na oferta de diesel em todos os 42 mil postos espalhados pelo Brasil”. “Os postos chamados bandeira branca estão praticamente sem o produto. Estes não possuem acordos com as grandes distribuidoras, que, por sua vez, possuem contratos robustos com as refinarias da Petrobras que lhes garantem quotas maiores no mercado interno deste produto”, pontuou.

Confira a nota na íntegra:

Devido à defasagem de preços entre a Petrobras e o mercado internacional, que vem sofrendo forte dilatação devido à guerra na Ucrânia, o setor da revenda está sofrendo sérias restrições na oferta de diesel em todos os 42 mil revendedores (postos) espalhados pelo Brasil.

Os postos chamados bandeira branca estão praticamente sem o produto, estes não possuem acordos com as grandes distribuidoras, que, por sua vez, possuem contratos robustos com as refinarias da Petrobras que lhes garantem quotas maiores no mercado interno deste produto.

As pequenas distribuidoras estão tendo dificuldades de importação devido à diferença de preços e principalmente ao prazo de entrega, pois o consumo mundial do produto, diesel, está crescendo de forma rápida com o fim da pandemia. Mesmos as grandes distribuidoras, BR, Raziem e Ipiranga, estão todas em adequação. Diariamente no DF tem ocorrido falta do diesel em vários postos, ocasionada pela adequação dos pedidos com a alta demanda.

Cabe ressaltar que as refinarias da Petrobras produzem apenas 65% do diesel consumido no Brasil, e a diferença precisa ser importada para atender o mercado interno. Como essa importação depende das distribuidoras, e devido às dificuldades acima descritas, a escassez do produto tem provocado forte elevação do preço, a famosa lei da oferta e demanda.

Paulo Tavares
Presidente do Sindicombustiveis – DF”

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