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Exército muda barreira e amplia área onde bolsonaristas estão acampados

Alterações no tráfego do local visam “criar melhores condições para a circulação de pessoas e veículos”, segundo o Exército

atualizado

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Mulher com bandeira próximo ao QG do exército - Metrópoles
1 de 1 Mulher com bandeira próximo ao QG do exército - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Uma alteração feita pelo Exército Brasileiro nas barreiras de proteção instaladas em frente ao Quartel-General (QG) em Brasília ampliou a área onde manifestantes pró-Bolsonaro estão acampados desde o fim das eleições, em 30 de outubro.

A equipe do Metrópoles percebeu que, na quarta-feira (14/12), houve uma mudança no controle de trânsito de veículos da área. Agora, a barreira física está mais distante do centro do acampamento, ou seja, foi aberto mais espaço para circulação no local onde os manifestantes estão.

Anteriormente, alguns militares apenas auxiliavam o intenso fluxo de veículos e pessoas que rondavam o acampamento, sem o controle do acesso por uma espécie de “portaria” improvisada. A entrada pela via foi negada à reportagem, com a justificativa de que seriam “ordens do general”.

Veja como está hoje o bloqueio da área:

 

Para se aproximar do acampamento, é necessário trafegar por uma estrada de terra (veja fotos abaixo).

Em resposta, o Exército informou que o Comando Militar do Planalto tomou medidas para “permitir o fluxo de pessoas que moram e trabalham no Setor Militar Urbano” e não especificou qual general teria determinado a instalação da barreira que amplia a área onde os bolsonaristas fazem vigília desde o encerramento das eleições.

A decisão ocorre na semana em que foram registrados atos violentos no centro de Brasília. Parlamentares e entidades pediram o fim do acampamento, especialmente após a confirmação pelo secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo, de que parte dos vândalos se abrigam naquele local.

Segundo o Exército, “as alterações realizadas no tráfego local visam criar melhores condições para a circulação de pessoas e veículos, bem como possibilitar mais controle e segurança para todos”.

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O acesso na via que passa em frente ao QG é bloqueado por cones
Alguns militares vistoriam as entradas
Nessa quarta (14/12), a reportagem percebeu a instalação dessa barreira
Para seguir até o acampamento de carro, é necessário acessar a estrada de terra
Tendas ainda circundam as vias do acampamento
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O Exército faz controle de dois pontos de bloqueio e uma barreira em área ao redor do acampamento pró-Bolsonaro

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O acesso na via que passa em frente ao QG é bloqueado por cones

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Alguns militares vistoriam as entradas

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Nessa quarta (14/12), a reportagem percebeu a instalação dessa barreira

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Para seguir até o acampamento de carro, é necessário acessar a estrada de terra

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Tendas ainda circundam as vias do acampamento

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Público

O Exército informou que o acampamento em frente ao QG em Brasília registra visitas de, em média, 300 a 500 pessoas por dia útil. Aos fins de semana, o público que questiona a eleição de Lula (PT) para presidente da República sobe para 1,5 mil a 2,5 mil cidadãos.

Na terça-feira (13/12), o presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado distrital Fábio Felix (PSol), pediu ao Comando Militar do Planalto para remover o acampamento.

Segundo o parlamentar, cidadãos manifestaram preocupação com a própria segurança e de seus familiares em relação à manutenção do acampamento. “Solicitamos que o Comando Militar do Planalto providencie a remoção e dispersão imediata do acampamento organizado em frente ao Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano.”

A reportagem questionou o Exército sobre a permanência do acampamento. O órgão encaminhou uma nota, emitida em 11 de novembro, na qual afirma que “são condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade”.

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