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Ex-executivo da Braskem, José Carlos Grubisich é detido nos EUA

Prisão não foi pedida por autoridades brasileiras, apesar de Grubisich ter sido alvo da Lava Jato. Problema é com a Justiça americana

atualizado

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Paulo Liebert/Estadāo Conteúdo
José-Carlos-Grubisich
1 de 1 José-Carlos-Grubisich - Foto: Paulo Liebert/Estadāo Conteúdo

O ex-executivo da Braskem José Carlos Grubisich foi detido pela polícia norte-americana ao desembarcar no aeroporto JFK em Nova York, no início da manhã desta quarta-feira (20/11/2019). A Braskem é uma subsidiária da Petrobras.

Grubisich viajava no voo LA 8180 da Latam que havia partido de São Paulo às 22h21 de terça-feira.

Fontes ouvidas pela coluna informaram que, tão logo o avião pousou em solo americano, um grupo de policiais abordou a tripulação e exigiu a presença do brasileiro José Carlos antes que os demais passageiros pudessem desembarcar.

Grubisich foi alvo da Greenfield, uma das fases da Lava Jato que investiga desvios em fundos de pensão, bancos públicos e estatais. Mas o pedido de prisão não partiu das autoridades brasileiras, segundo informaram o Ministério da Justiça, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.

A Interpol também negou que o ex-executivo tenha feito a prisão e disse que o nome dele não consta nas listas de pessoas procuradas.

O repórter Kadhim Shubber, do Financial Times, publicou, por volta das 15h30, em sua conta do Twitter informação sobre a prisão de Grubisich. Segundo ele, fontes das autoridades americanas informaram que ex-executivo teria sido preso com base na lei americana anticorrupção por lavagem de dinheiro.

O Itamaraty confirmou ao Metrópoles que o “Consulado-Geral do Brasil em Nova York foi informado pelas autoridades norte-americanas da detenção do cidadão brasileiro”. Ainda segundo o Ministério das Relações Exteriores, o ex-executivo da Braskem “não solicitou qualquer apoio ou intervenção”.

A Latam não comentou o caso e o advogado de Grubisich no Brasil, Alberto Toron, disse que “a prisão é uma surpresa” e que, sem conhecer os fatos, seria impossível se manifestar.

A Braskem informou que Grubisich deixou a empresa há cerca de 5 anos e que não pode responder pelo ex-executivo.

Colaborou Mirelle Pinheiro 

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