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Escola que desmatou área na Asa Sul terá que apresentar novo plano de recuperação ambiental

Instituição de ensino foi multada por degradar área de preservação permanente (APP). MPDFT acompanha o caso

atualizado

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Área desmatada perto de córrego na Asa Sul
1 de 1 Área desmatada perto de córrego na Asa Sul - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) disse que a empresa responsável pelo plantio em área desmatada pela Escola Eleva, no Parque Ecológico Asa Sul, comprometeu-se a enviar nova proposta para recuperar a região que foi degradada em função da construção da Escola Eleva, na 614 Sul.

Segundo o Ibram, o novo trabalho vai garantir o integral cumprimento das exigências impostas para emissão da licença que autorizou a construção do empreendimento. A previsão do órgão é que o plantio seja iniciado até o mês de novembro.

“É importante ressaltar que as ações de plantio foram executadas em boa parte do Parque da Asa Sul e apresentam bom desenvolvimento. No entanto, o novo trabalho vai garantir o cumprimento na íntegra das exigências da licença emitida. Os novos prazos serão definidos após o recebimento e aprovação das propostas ajustadas. A expectativa é de que o plantio seja iniciado até o mês de novembro”, afirmou.

Um córrego no parque teve grande parte de sua margem desmatada nas proximidades da instituição de ensino, na 614 Sul.

Segundo a 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Prodema), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a construção da Escola Eleva contribuiu para aumentar os impactos no local, que já sofria com intervenções. Somadas à falta de proteção vegetal e à ausência de drenagem pluvial, as ações desencadearam um processo erosivo que atingiu a nascente do parque.

À coluna Grande Angular, o Ibram informou ter se reunido, no último dia 4 de agosto, com a Progeplan, empresa responsável pelo plantio. Na ocasião, ficou acordado que será encaminhada uma nova proposta de plantio ao instituto, a fim de atender às exigências do processo que trata da recuperação ambiental da região.

O Ibram disse que “acompanha, desde o início, os projetos de drenagem e os plantios feitos no Parque Ecológico Asa Sul, incluindo a área próxima à Escola Eleva”. Segundo o órgão, “apesar de o colchão drenante instalado no local ter se mostrado bastante eficiente contra as erosões ocasionadas pelo excesso de água de chuva vindo da L2 Sul, alguns ajustes foram exigidos pelo órgão”.

“Quanto ao plantio executado em razão do empreendimento, o Brasília Ambiental já havia cobrado o empreendedor para que tomasse as devidas providências no sentido de cumprir na íntegra as exigências feitas pelo órgão”, afirmou.

Multa

A Prodema informou que “a instituição foi multada pelo Ibram, e os responsáveis, obrigados a recuperarem os danos causados mediante a elaboração e execução de um plano de recuperação de áreas degradadas (Prad)”.

Conforme informações do MPDFT, a implementação do Prad está, agora, em fase de condução e monitoramento. Para fomentar o enriquecimento com plantas nativas, o parque também promoveu a retirada das espécies exóticas.

Mudanças visíveis

No lugar da mata densa original, próximo à Escola Eleva, há troncos cortados e brita em meio a algumas poucas árvores frutíferas, às margens do curso d’água. Existe ainda um muro e um portão de entrada para a unidade de ensino particular.

Fotos feitas pelo Metrópoles no dia 29 de julho e na última terça-feira (17/8), sobretudo quando comparadas com imagens do Google Maps de anos anteriores, evidenciam a degradação da área em função de obras lindeiras à área de preservação permanente (APP). Nos registros, é possível perceber uma grande clareira na vegetação perto do córrego, que é um dos afluentes do Lago Paranoá.

Veja as imagens:

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No lugar da vegetação nativa, há galhos quebrados, passagens de água pluvial e brita em meio a poucas mudas de árvores frutíferas
Um muro divide a escola da APP
Área desmatada fica à beira do córrego
Área vista de cima
Escola está localizada ao lado do Parque Ecológico da Asa Sul
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Imagens do Google Maps antes da construção da escola e da retirada da mata próxima ao córrego

Reprodução
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No lugar da vegetação nativa, há galhos quebrados, passagens de água pluvial e brita em meio a poucas mudas de árvores frutíferas

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Um muro divide a escola da APP

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Área desmatada fica à beira do córrego

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Área vista de cima

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Escola está localizada ao lado do Parque Ecológico da Asa Sul

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O Ibram diz que empresa responsável pelo plantio vai enviar uma nova proposta para cumprir exigências do órgão
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Fotos tiradas no dia 17 de agosto mostram a degradação da área no Parque Ecológico da Asa Sul

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O Ibram diz que empresa responsável pelo plantio vai enviar uma nova proposta para cumprir exigências do órgão

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O outro lado

Procurada pela coluna na quinta-feira (19/8), a Escola Eleva disse que, nos próximos dias, vai iniciar novo ciclo de roçada e de limpeza da área. “Previamente já foram identificadas mudas que não resistiram à seca, as quais serão replantadas no período chuvoso”, afirmou.

Confira, na íntegra, a nota da Escola Eleva:

“A renovação de contrato dos proprietários dos terreno com a Progeplan não afetará o andamento do PRAD, que é de responsabilidade dos próprios proprietários. Nos próximos dias, iniciaremos um novo ciclo de roçada e limpeza da área. Previamente já foram identificadas mudas que não resistiram à seca, as quais serão replantadas no período chuvoso. Também está sendo elaborado um relatório técnico que será entregue ao Ibram-DF com todas as ações de implantação do PRAD e seguiremos com as ações de monitoramento necessárias para o sucesso da recuperação da área. A Escola Eleva reforça que mantém um diálogo constante com a administração do parque para contribuir com ações e soluções que beneficiem a recuperação da área.

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