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Empresário alvo de operação elogia Celso de Mello: “Correto”

A PF recolheu celular, computador, pen drives e papéis de Arthur Machado. Mas, o decano do STF negou pedido de prisão do investigado

atualizado

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Nelson Jr./SCO/STF
Celso de Mello STF
1 de 1 Celso de Mello STF - Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Passavam poucos minutos das 6h dessa segunda-feira (21/10/2019), quando Arthur Machado despertou com os gritos de policiais federais na porta de sua casa. O empresário carioca mora na capital paulista, mas mantém negócios em Brasília, como a propriedade da Rede Alub. Ele foi um dos alvos da Operação Grand Bazaar, que cumpriu 18 mandados de busca e apreensão no âmbito de investigação sobre fraudes cometidas em fundos de pensão.

Durante a ação da PF, os policiais recolheram o celular de Arthur, um computador, papéis e dois pen drives. Como de praxe, questionaram se o empresário guardava dinheiro em casa. Ele admitiu ter em torno de R$ 4 mil. Pediram a senha do celular, mas o empresário se recusou a passar alegando orientação do advogado. Depois de revirarem livros, móveis e cômodos, os agentes foram embora sem dar voz de prisão a Arthur.

A preventiva do empresário foi pedida pelo Ministério Público Federal, mas Celso de Mello (foto em destaque) negou as prisões dele e de outros investigados na Grand Bazaar, entre os quais o deputado federal Sergio Souza (MDB-PR). O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, determinou o bloqueio de R$ 3,25 milhões dos acusados.

Arthur elogiou o entendimento do decano. “A operação foi perfeita. Não que eu tenha gostado, mas ele (Celso de Mello) foi correto. Quer investigar? Então leve os aparelhos, os documentos, mas não tem necessidade de esculachar, de prender”, disse o empresário à coluna.

Arthur é suspeito de articular pagamentos de propina ao deputado Sergio Souza. Segundo a investigação, o esquema funcionava para proteger os ex-executivos Wagner Pinheiro e Antônio Carlos na CPI dos Fundos de Pensão.

Antes da Grand Bazaar, o empresário fora alvo de outras quatro operações ligadas à Lava Jato. Na Rizoma, da qual se tornou réu, ele é acusado de ter movimentado R$ 20 milhões para o pagamento de propina.

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