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Em 2023, DF tem menor número de homicídios em 47 anos, diz secretário

Secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, afirmou que pasta trabalham com inteligência, para compensar déficit de policiais

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O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, afirmou que a capital do país registrou, até o momento, o menor número de homicídios em 47 anos.

Entre janeiro e essa quarta-feira (20/12), 247 foram assassinadas no DF. A quantidade representa uma redução de 8,7% se comparada ao mesmo período de 2022, quando mais 22 vítimas morreram. O total de mortes, incluindo feminicídios, ficou em 269.

Em entrevista ao vivo ao Metrópoles, na manhã desta sexta-feira (22/12), Sandro Avelar considerou os índices ainda elevados, mas afirmou que a pasta trabalha para diminuir mais a quantidade de homicídios.

Assista à entrevista na íntegra:

“Desde 2013, todos os anos, os números têm caído. Isso mostra que há consistência. Agora, é claro que não vamos nos satisfazer com números que ainda são elevados. Este ano, vamos ter cerca de 30 homicídios a menos. Estamos no caminho certo, mas é preciso que continuemos engajados para que eles diminuam cada vez mais”, enfatizou.

O secretário de Segurança Pública lembrou que a capital federal também registrou redução nos índices de crimes contra o patrimônio. Entre janeiro e dezembro de 2023, por exemplo, houve queda de 30% nos casos de roubo dentro de transporte coletivo e -24% nas ocorrências de roubo a pedestre.

Sandro Avelar acrescentou que, apesar da redução dos roubos, a população ainda vive com sentimento de insegurança; por isso, segundo ele, a pasta trabalha com uso de tecnologia, a fim de garantir mais eficiência das polícias, que estão com déficit de profissionais.

“Em relação aos crimes contra o patrimônio, esses números têm caído bastante, mas ainda há o sentimento de insegurança por parte da população, o que, aqui no Distrito Federal, está em nível tolerável se comparado ao de outras unidades da Federação. Mas temos procurado trabalhar com eficiência”, completou.

Manchas criminais

O chefe da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) destacou que os órgãos da área têm usado sistemas de inteligência, para identificar onde estão as manchas criminais e atuar de maneira efetiva contra o crime, videomonitoramento, a fim de compensar o número reduzido de policiais nas ruas e com câmeras em todas as regiões administrativas.

“Nossos efetivos estão bastante reduzidos, e é algo que temos de enfrentar também. É preciso que aumentemos os das polícias Militar e Civil. O governo [distrital] tem feito um esforço grande nesse sentido”, enfatizou. “São 440 microrregiões do Distrito Federal, onde temos os números exatos de qual é o crime que acontece, em qual horário e em qual dia da semana, para que possamos deslocar equipes prioritariamente, respeitando esses dados.”

Feminicídios

Em 2023, das 32 vítimas de feminicídio que morreram no Distrito Federal, 59,4% não chegaram a registrar ocorrência por violência doméstica contra os assassinos.

Na entrevista ao Metrópoles, o secretário de Segurança Pública defendeu a importância da denúncia de agressões, a fim de se evitar um crime mais grave. “Não queremos reduzir os números. Queremos feminicídio zero”, frisou.

A SSP-DF dispõe de programas e dispositivos para atender às vítimas de violência de forma rápida e eficiente, segundo o chefe da pasta. “Nós, na Segurança Pública, temos criado meios que nos permitam atender à mulher vítima de violência ou sob ameaça com a maior rapidez possível. Temos disponibilizado nas delegacias [especializadas] dispositivos como o botão do pânico, com o qual a mulher, na presença do agressor, pode nos acionar diretamente”, afirmou.

Até a última quarta-feira (20/12), o número de feminicídios no DF dobrou em relação ao mesmo período do ano. “Temos criado projetos que, preferencialmente, empreguem essas mulheres em situação de vulnerabilidade, vítimas de ameaça e agressões por parte dos companheiros, para que elas não precisem mais depender financeiramente desse agressor”, lembrou o secretário, ao ser questionado sobre as ações do governo local para evitar novas ocorrências de violência doméstica.

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