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“É preciso aumentar efetivo da PMDF e da PCDF”, diz secretário

Secretário de Segurança Pública Sandro Avelar disse que governo tem se esforçado para fazer novas nomeações, mas concursos são demorados

atualizado

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1 de 1 Fotografia colorida de homem de camiseta preta - Foto: SSP-DF

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, afirmou ser necessário aumentar o efetivo das polícias Militar (PMDF) e Civil do Distrito Federal (PCDF), mas o processo de conclusão dos concursos públicos é demorado.

Sandro Avelar destacou que houve perda de contingente policial nos últimos anos, por motivo de aposentadoria, mas a reposição é mais lenta.

“É preciso que aumentemos o efetivo das polícias Militar e Civil. O governo tem feito um esforço grande nesse sentido, mas são concursos demorados. Então, às vezes, você perde um contingente grande de policiais, que se aposentam, por exemplo. Isso aconteceu muito em virtude da ameaça da reforma da Previdência. Muitos se aposentaram. E, para repor, é mais devagar”, justificou.

Em entrevista ao Metrópoles na manhã desta sexta-feira (22/12), Sandro Avelar comentou que a pasta e as forças de segurança trabalham com inteligência para compensar o déficit de policiais.

Ainda assim, em 2023, o DF registrou o menor número de homicídios em 47 anos, segundo o secretário. Os crimes contra o patrimônio, como roubos e furtos, também caíram na comparação com 2022.

“Em relação aos crimes contra o patrimônio, esses números também têm caído bastante. Mas ainda há o sentimento de insegurança por parte da população que, aqui no Distrito Federal, está em nível tolerável, se comparado a outras unidades da Federação. Mas temos procurado trabalhar com eficiência, com videomonitoramento, para compensar os nossos efetivos de policiais, que estão bastante reduzidos”, ressaltou.

Além disso, a pasta tem trabalhado com sistemas de inteligência que identificam onde estão as manchas criminais. “São 440 microrregiões do Distrito Federal, onde temos os números exatos de qual é o crime que acontece, em qual horário e em qual dia da semana, para que possamos deslocar equipes prioritariamente, respeitando esses dados”, afirmou.

O secretário de Segurança Pública enfatizou que a pasta tem investido na instalação de câmeras de monitoramento em todas as regiões administrativas, a fim de “suprir um pouco a carência de efetivo de policiais nas ruas”.

Assista à entrevista na íntegra:

Nomeações

Na última segunda-feira (18/12), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que nomeará um grupo de novos policiais civis, ainda neste mês.

Em relação à Polícia Militar, o chefe do Executivo local afirmou esperar a conclusão do concurso que ficou suspenso por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para convocar novos servidores da corporação.

A PCDF tem 5,2 mil vagas abertas atualmente, das quais 3,5 mil são de agentes, e 198 de delegados. No caso da PMDF, o déficit seria de aproximadamente 8 mil profissionais.

Feminicídios

Em 2023, das 32 vítimas de feminicídio que morreram no Distrito Federal, 59,4% não chegaram a registrar ocorrência por violência doméstica contra os assassinos.

Em entrevista ao Metrópoles, o secretário de Segurança Pública defendeu a importância da denúncia de agressões, a fim de se evitar um crime mais grave. “Não queremos reduzir os números. Queremos feminicídio zero”, frisou.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) conta com programas e dispositivos para atender às vítimas de violência de forma rápida e eficiente, segundo o chefe da pasta.

“Nós, na Segurança Pública, temos criado meios que nos permitam atender à mulher vítima de violência ou sob ameaça com a maior rapidez possível. Temos disponibilizado nas delegacias [especializadas] dispositivos como o botão do pânico, com o qual a mulher, na presença do agressor, pode nos acionar diretamente”, afirmou.

Até 20 de dezembro, o número de feminicídios no DF dobrou em relação ao mesmo período do ano. “Temos criado projetos que, preferencialmente, empreguem essas mulheres em situação de vulnerabilidade, vítimas de ameaça e agressões por parte dos companheiros, para que elas não precisem mais depender financeiramente desse agressor”, lembrou o secretário, ao ser questionado sobre as ações do governo local para evitar novas ocorrências de violência doméstica.

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