Dubai, a cidade dos maiores prédios do mundo e onde é proibido mascar chiclete
Saiba como circular por Dubai e o valor para subir no prédio mais alto do mundo. Entenda também a relação comercial com o Brasil
atualizado
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Enviada especial a Dubai – Emirado mais conhecido do Oriente Médio, Dubai esbanja riqueza pelas ruas principais. Circular pela cidade erguida em meio ao deserto desperta curiosidade, especialmente para olhos ocidentais.
Pegar o metrô em Dubai é simples, basta comprar um tíquete para cada viagem que custa a partir de 6 AED (R$ 8,51) e escolher a rota. Porém, é preciso ficar atento ao comportamento dentro das estações, que tem uma série de proibições.
É proibido, por exemplo, passar pela porta de emergência sem que seja estritamente necessário. Se alguém cometer essa infração, deverá pagar multa de 2 mil AED (R$ 2.837 mil).
Dentro dos trens, é proibido comer e até mascar chiclete. O infrator deverá pagar multa de 100 AED (R$ 141,85).
Marcelo Lucas, advogado que atua em Dubai e um dos associados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, explicou à coluna que os estrangeiros também estão submetidos às leis dos Emirados.
“Os princípios do direito positivo do brasileiro são ligados à personalidade religiosa do direito islâmico. Na aplicação do direito, há um predomínio da personalidade frente à territorialidade”, afirmou. “Em relação ao direito público, são distintos, pois a nação edita suas leis próprias.”
Até helicóptero
Quem não quiser usar o metrô pode pegar táxi ou pedir um carro por meio de aplicativo de transporte. As ruas principais de Dubai são extremamente largas, com 12 faixas no total. Por isso, dificilmente o trânsito fica congestionado.
Um dos mais famosos apps de transporte, o Uber oferece oito opções de classe de veículos. A mais cara é a de helicóptero, que custa de 520 a 624 AED (de R$ 737,64 a R$ 885,16), e só está disponível para tour pela cidade. O Uber helicóptero também existe em outras metrópoles internacionais, como em Nova York (EUA).
Megalomaníaca
Dubai é a cidade das construções megalomaníacas. O arranha-céu mais alto do mundo fica no emirado. Trata-se do Burj Khalifa, que tem 828 metros de altura e 163 andares. O prédio é um dos pontos mais disputados entre os turistas.
Para subir o Burj Khalifa, é preciso pagar um valor que depende do andar escolhido. Por exemplo: para visitar o andar intermediário, que é o 154, o turista deve desembolsar 553 AED (R$ 784,45). A visita inclui tour no museu com a história e as fotos da construção do arranha-céu, erguido a partir de 2004 e inaugurado em 2010.
A entrada do Burj Khalifa fica dentro do maior shopping do mundo, o Dubai Mall. O centro comercial tem mais de 1 milhão de metros quadrados, ou seja, o equivalente a mais de 200 campos de futebol. O shopping é tão grande que abriga um aquário.
A comunicação em Dubai é simples para quem fala inglês. A língua é praticada em todos os ambientes do emirado, desde transporte, supermercado, shopping até comércio de rua.
Relação com o Brasil
O Brasil mantém relações comerciais com os Emirados Árabes há mais de quatro décadas. No ano passado, o país sul-americano exportou para o Oriente Médio o equivalente a US$ 17,18 bilhões, o que representa 5,14% de todas as vendas do Brasil.
Os principais produtos enviados são carnes. No total, 17% de todas as carnes de aves exportadas para o mundo pelo Brasil foram direcionadas ao Oriente Médio, em negócios de US$ 2,9 bilhões. Em segundo lugar no ranking de exportações brasileiras para a região está o milho, que representou 16% de todos os envios de produtos para o exterior. No total, o produto rendeu US$ 2,7 bilhões ao Brasil.
A embaixadora Eliana Zugaib, encarregada de Negócios da Embaixada do Brasil em Abu Dhabi, disse que os Emirados Árabes enxergam o Brasil como um parceiro comercial confiável. “Aqui nos Emirados existe uma preocupação grande com a segurança alimentar, e o Brasil, além de ter produto de qualidade, se comprovou um país confiável durante a pandemia por manter as exportações”, destacou.
Entre 20 e 24 de fevereiro, Dubai sediou a Gulfood, maior feira de alimentos e bebidas do Oriente Médio e uma das principais do mundo. O Brasil foi representado por 105 empresas, que contaram com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
A expectativa era de que as organizações fechassem negócios de US$ 4,5 bilhões durante o período de um ano. O balanço dos valores negociados ainda não foi divulgado.
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A chefe de Operações no escritório da ApexBrasil em Dubai, Tatiana Riera, disse que os Emirados Árabes são uma rota de exportação para outros países, incluindo Irã, Turquia e Iraque.
“Na ApexBrasil, nós temos serviço de inteligência de mercado para identificar as oportunidades nos Emirados de acordo com os produtos vendidos por determinada empresa no Brasil. Fazemos atendimento customizado desde o básico para exportação até a internacionalização das empresas”, explicou.
O Metrópoles viajou para Dubai a convite da ApexBrasil para conhecer negócios brasileiros nos Emirados Árabes.