DPU fará mutirão de atendimento aos presos por atos antidemocráticos
A Assessoria de Atuação da DPU no STF vai atender homens e mulheres presos por suspeita de participação nos atos extremistas de 8 de janeiro
atualizado
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A Defensoria Pública da União (DPU) fará um mutirão de atendimento aos presos por suspeita de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
O coordenador da Assessoria de Atuação da DPU no Supremo Tribunal Federal (STF), defensor público federal Gustavo de Almeida Ribeiro, disse à coluna que fará, na segunda-feira (27/2), o atendimento presencial nos presídios onde estão os homens e as mulheres presos em decorrência da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.
Nesta sexta-feira (24/2), a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) foi à Penitenciária Feminina do DF, a Colmeia, para realizar atendimentos às presas provisórias que ainda não foram julgadas. Segundo a DPDF, os atendimentos abrangem diversos casos jurídicos, portanto, não são exclusivos para as presas extremistas. A expectativa é que 300 detentas sejam ouvidas.
“Às vezes, a pessoa fica muito tempo desamparada judicialmente, porque o defensor realiza várias audiências ao longo do dia e tem dificuldade de conseguir uma agenda com a presa”, disse o subdefensor-geral do DF, Fabrício Rodrigues de Sousa.
No dia 14 de fevereiro, a coluna noticiou que um grupo de aproximadamente 20 presos após a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes reclamava de ter direitos humanos violados ao não obter assistência jurídica.
Mais de 1,2 mil pessoas foram presas por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. Elas são suspeitas de participarem dos atos extremistas contra a eleição do presidente Lula (PT) e que deixaram um rastro de destruição na capital federal, no início de janeiro.
Em 30 de janeiro, um relatório de providências da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP-DF) detalhou que há 931 presos provisoriamente devido a envolvimento na arruaça promovida no centro de Brasília. Desse total, há 623 homens e 308 mulheres.
Outras 459 pessoas detidas por suspeita de participação nos atos extremistas foram liberadas da cadeia, com uso de tornozeleira eletrônica.