“Dividendos pagos ao GDF foram revertidos para mobilidade, saúde e educação”, diz presidente do BRB
Paulo Henrique Costa disse que a venda da parte do banco na parceria com o Flamengo renderá aproximadamente R$ 500 milhões para o DF
atualizado
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O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, afirmou que a instituição financeira pagou mais de R$ 500 milhões em dividendos, nos últimos três anos e meio, ao Governo do Distrito Federal (GDF) – acionista majoritário do BRB.
O DF detém 96% das ações do banco, de forma direta ou indireta, pelo Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev). Por isso, recebe maior parte do lucro da instituição.
“Mais de R$ 500 milhões foram para o Distrito Federal. Isso se reverte em obras – a duplicação da DF-140, por exemplo, foi financiada com recursos de dividendos do BRB. Também na construção de escolas e no apoio à saúde. O resultado que o BRB produz em todo o país se reverte em impacto direto para o Distrito Federal”, frisou o presidente do BRB em entrevista ao Metrópoles.
Confira a entrevista na íntegra:
O resultado acumulado do banco, desde 2019 até o presente momento, aproxima-se de R$ 1,6 bilhão: “É praticamente três vezes o resultado acumulado nos quatro anos anteriores”.
Há dois anos, o BRB fechou acordo para criação do BRB Nação Fla, um banco digital em parceria com o Flamengo. O time carioca é o maior do país, com torcida estimada em 42 milhões de pessoas, e também é o mais querido da capital federal, segundo a pesquisa Metrópoles/Ideia divulgada na quarta-feira (6/7).
O levantamento revela que a maior parte da população do DF é flamenguista: o clube carioca é time do coração de 40,5% dos brasilienses.
O acordo rendeu ao banco 3,1 milhões de contas e 1,1 milhão de cartões distribuídos pelo país. “O Flamengo praticamente multiplicou por oito a base de cartões do BRB. A gente teve retorno de mídia de R$ 1,3 bilhão”, detalha Costa.
Agora, o BRB se prepara para a próxima fase da parceria, que consiste na criação de uma empresa para gerir o banco digital. O BRB pretende vender sua parte no negócio, que deve render R$ 1 bilhão; deste valor, aproximadamente metade deve ser revertida ao DF.
A estimativa bilionária de lucro está acima do mínimo previsto para desembolso do BRB caso o negócio não desse certo – R$ 32 milhões. Ou seja, como o banco digital atraiu milhões de clientes, quem saiu no lucro foi o banco.
“Imagine o impacto que seria R$ 500 milhões decorrentes dessa parceria? Mais obras públicas, mais escolas, mais hospitais. Além de ser o mais querido do DF, será o time que, por meio do BRB, vai gerar impacto positivo na vida das pessoas”, destacou o presidente do BRB.
Na entrevista concedida ao Metrópoles, o presidente do BRB falou também sobre outros temas envolvendo o banco, como o lançamento do novo concurso com provas em todo o país e a reabertura do Autódromo de Brasília, prevista para novembro.
“O autódromo vai virar uma arena multiuso em que a gente vai ter condições de sediar competições de automobilismo, de kart e shows. Vamos abrir diariamente para a população caminhar, correr, andar de bicicleta… Nosso objetivo é iluminar, para que também seja aberto à noite”, disse.