DF: crimes contra a vida registram maior redução em mais de 2 décadas
Balanço da Secretaria de Segurança Pública mostra que, em fevereiro, foram registradas 19 mortes por homicídio, 23 a menos que em 2000
atualizado
Compartilhar notícia
Neste ano, o Distrito Federal registrou o menor número de crimes contra a vida das últimas duas décadas. De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP/DF), nos primeiros dois meses de 2023, o número de vítimas de crimes violentos contra a vida – que englobam homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte – foi 6,5% menor que no mesmo período do ano passado.
Em relação aos homicídios, em fevereiro, houve o registro de 19 vítimas, a menor marca desde 2000, quando foram contabilizadas 42.
Comparando apenas os meses de fevereiro de 2022 e 2021, ocorreu uma queda de 36,6% no número de vítimas por homicídio, saindo de 30 casos para 19.
“Temos aperfeiçoado, de forma constante, as estratégias e os processos de gestão. Além disso, atuaremos de forma cada vez mais regionalizada, com estudo e análise das microrregiões, permitindo que nosso trabalho esteja cada vez mais próximo da realidade da população de cada região administrativa, para entendermos quais crimes e desordens estão impactando, no momento, a segurança e qualidade de vida da população”, destaca o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar.
Crimes contra o patrimônio
A secretaria monitora seis tipos de crimes contra o patrimônio. De acordo com a pasta, todos registraram queda em fevereiro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
Os roubos em transportes coletivos marcaram queda de 20,7% em fevereiro e, no bimestre, atingiu redução de 42,9% em relação ao mesmo período de 2022, saindo de 182 para 104 casos.
O roubo de veículo teve a maior redução no período analisado. O índice ficou em 32,2%, saindo de 143 para 97 ocorrências. No roubo a transeunte, houve queda de 19%. Os roubos em comércio registraram 3,4% de redução, e os ocorridos em residência tiveram três casos a menos: de 23 para 20. Já os furtos em veículos marcaram queda de 22,9%.
Violência contra a mulher
A secretaria destacou que, em março, há uma série de ações previstas para o enfrentamento da violência de gênero. A agenda, que inclui o relançamento da campanha #metaacolher, capacitações e formação de multiplicadores para prevenção da violência doméstica, une-se ao calendário do Governo do Distrito Federal, lançado na primeira semana deste mês.
Nos dois primeiros meses deste ano, foram registrados sete casos de feminicídio, cinco mais que no mesmo período de 2022, com dois casos. Em fevereiro deste ano, foram dois casos contra nenhum no mesmo mês do ano passado. As ocorrências são acompanhadas e atualizados por meio da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF) da pasta.
“Fortalecer o trabalho entre órgãos de governo e sociedade civil é essencial para o enfrentamento da violência contra a mulher. Essa é uma questão prioritária. Na Segurança Pública, temos um programa específico sobre essa temática, que une diferentes ações para coibir esse tipo de violência. Temos investido em tecnologia para ampliar e integrar cada vez mais os canais de denúncia e a rede de proteção”, afirma o secretário.