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“Deveria ter tido essa postura desde o início”, diz Pacheco sobre apoio do governo a CPMI

Após a abertura do Lide Brazil Conference, em Londres, Pacheco comentou demissão do general Gonçalves Dias e confirmou instalação de CPMI

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Felipe Ferugon/Lide
Fotografia colorida mosta pessoas sentadas em mesa olhando para homem discursando no lado direito
1 de 1 Fotografia colorida mosta pessoas sentadas em mesa olhando para homem discursando no lado direito - Foto: Felipe Ferugon/Lide

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou, nesta quinta-feira (20/4), que o requerimento de abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos antidemocráticos será lido na próxima quarta-feira (26/4).

Após o primeiro dia do Lide Brazil Conference em Londres, Pacheco disse que a mudança de posicionamento do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), agora a favor da CPMI, não altera o calendário.

A Presidência da República mudou a estratégia e passou a defender a instalação da comissão para investigação dos ataques às sedes dos Três Poderes após a demissão do general Gonçalves Dias do cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O militar foi flagrado por câmeras de segurança enquanto guiava invasores no Palácio do Planalto, em clima ameno.

“Para efeitos da CPMI, não há mudança alguma. Acho até que o governo deveria ter tido essa postura desde o início. Tive de afirmar a gravidade do 8 de janeiro, das consequências daqueles atos antidemocráticos e de que era legítimo ao Parlamento fazer as investigações próprias”, declarou Pacheco.

O presidente do Congresso comentou que o requerimento de abertura da comissão seria lido em 18 de abril, mas os líderes da maioria, tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados, pediram para adiar a sessão conjunta das Casas. Na quarta-feira (26/4), além da instalação da CPMI, devem ser votados os projetos do piso da enfermagem e de reajuste de servidores.

Em relação ao caso de Gonçalves Dias, Pacheco afirmou que o fato deve ser apurado. “Tenho defendido que todo aquele que, direta ou indiretamente, tenha contribuído para a prática de atos lesivos à democracia deve responder por esses atos. Isso se aplica ao cidadão comum que ousou ter a petulância de invadir prédios públicos e atentar contra a democracia e também a autoridades que tenham sido lenientes e tolerantes”, enfatizou o senador.

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