metropoles.com

Desembargador sobre greve dos professores: “Situação de abusividade”. Leia decisão

O desembargador Roberto Freitas Filho destacou que greve não pode comprometer direitos de crianças e pais

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Milena Carvalho / Metrópoles
Professores - Metrópoles
1 de 1 Professores - Metrópoles - Foto: Milena Carvalho / Metrópoles

O desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Roberto Freitas Filho enxergou “situação de abusividade” na greve dos professores da rede pública do DF.

Ao determinar o fim da paralisação, com retorno imediato dos profissionais ao trabalho sob pena de multa diária de R$ 300 mil, o magistrado disse que “a Educação reveste-se em um direito fundamental”. A decisão foi expedida às 12h07 deste domingo (7/5).

Freitas destacou que o governo do DF concedeu reajuste salarial de 18%, dividido em três parcelas anuais de 6%, e que eventuais demandas remanescentes estavam em negociação, “o que evidencia que o movimento paredista foi envidado em situação de abusividade”.

O desembargador também pontuou que muitas crianças e adolescentes contam com as refeições das unidades de ensino, além de que os pais não têm onde deixar os filhos senão nas escolas.

“De forma que, é importante frisar, o Estado se faz presente como agente fiador da segurança alimentar e laboral dessas crianças e seus pais e responsáveis. O atendimento dessas necessidades é, portanto, inadiável, podendo a greve comprometer gravemente esses direitos”, ressaltou.

Segundo Freitas, a manutenção da greve gera “resultados imensamente mais gravosos” para as crianças do que os resultados pretendidos pelos grevistas com o movimento paredista.

“Além disso, as famílias mais carentes e necessitadas, que dependem da escola como local de realização de atividades de desenvolvimento das crianças e adolescentes, enquanto estão trabalhando, não têm onde manter seus filhos, resultando em danos não somente às famílias, mas à sociedade em geral”, disse o desembargador.

Leia a decisão na íntegra:

Reivindicação

O reajuste de 18% concedido pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) para os servidores públicos foi considerado insuficiente pela categoria dos professores. Os educadores cobram melhores salários e reestruturação da carreira de magistério público, com incorporação de gratificação.

Ibaneis determinou que a Procuradoria-Geral do DF (PGDF) entrasse na Justiça contra a greve no mesmo dia em que foi deflagrada, na última quinta-feira (4/5).

Segundo fontes palacianas, o governador é contra a greve porque os professores decidiram paralisar as atividades mesmo com as negociações em andamento.

As reuniões sobre melhorias nas condições salariais e de trabalho são conduzidas pelo secretário de Planejamento, Orçamento e Administração do DF, Ney Ferraz.

O diretor do Sinpro-DF Samuel Fernandes disse que a categoria tem uma assembleia marcada para a próxima quinta-feira (11/5) a fim de deliberar os próximos passos do movimento grevista. “Nós temos um comando de greve paritário formado pelos 39 diretores do Sinpro e 39 professores eleitos através das assembleias regionais da base e qualquer decisão será tomada em assembleia geral pela categoria”, afirmou.

 

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?