Deputado é condenado por fake news de Gleisi Hoffmann e Adélio Bispo
O deputado federal Beto Rosado (PP-RN) compartilhou, em um grupo, imagem que insinua amizade de Gleisi Hoffmann com Adélio Bispo
atualizado
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O deputado federal Beto Rosado (PP-RN) foi condenado a se retratar e a pagar R$ 1,5 mil para Gleisi Hoffmann (PT-PR) por compartilhar fake news envolvendo a parlamentar e Adélio Bispo, homem que esfaqueou Jair Bolsonaro (sem partido) em 2018.
A sentença do 3º Juizado Especial Cível de Brasília foi publicada nesta quinta-feira (25/11). A presidente nacional do PT alegou à Justiça que Beto Rosado causou lesão à sua honra, ao enviar imagem, em um grupo de WhatsApp, na qual constavam insinuações de suposta amizade dela com Adélio Bispo.
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O juiz André Gomes Alves entendeu que o deputado “agiu com imprudência ao replicar informação inverídica, pois dispunha de meios para averiguar a veracidade do fato antes de divulgá-lo em um ambiente coletivo de comunicação eletrônica”.
“Nesse sentido, ao divulgar de forma plúrima a mensagem ofensiva, sem checar previamente a veracidade, o acusado empreendeu comportamento descuidado com a honradez alheia, causando danos à honra objetiva da autora que devem ser reparados, na medida em que a negligência do requerido ofende o comportamento ético esperado de si dentro da moldura axiológica da boa-fé objetiva”, escreveu o magistrado.
Segundo o processo, a notícia falsa foi compartilhada pelo deputado em maio de 2021, “apesar de já ter sido amplamente publicada a sua falsidade ainda no ano de 2018”.
O magistrado julgou parcialmente procedentes os pedidos da petista para condenar Beto Rosado a não mais divulgar a fake news em qualquer meio de divulgação; pagar indenização de R$ 1,5 mil; e divulgar, no mesmo grupo em que compartilhou a imagem, retratação reconhecendo a falsidade da notícia.