Deputado acusado de transfobia diz que “amigos homossexuais” ficaram indignados
O deputado federal Abílio Brunini negou ter cometido transfobia contra a colega Erika Hilton durante sessão da CPI do 8 de janeiro
atualizado
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O deputado federal Abílio Brunini (PL-MT) negou, nesta quarta-feira (12/7), ter cometido transfobia contra a deputada Erika Hilton (PSol-SP) durante a CPI de 8 de janeiro realizada no dia anterior.
Durante sessão conjunta do Congresso Nacional nesta quarta, Brunini disse não se lembrar de dirigir a palavra a Erika e a chamou de “aproveitadora” da causa. Ele afirmou que irá acionar o Conselho de Ética contra os parlamentares que o acusaram de transfóbico.
“Esses deputados que estão postando e me acusando de homofóbico. Estou printando e registrando tudo. Vai uns 50 para a Comissão de Ética. Calúnia, difamação e denunciação caluniosa são crimes”, declarou.
Veja a fala de Brunini:
Brunini disse que nunca fez “nenhuma fala homofóbica”: “Repudio a homofobia e não aceito a intolerância. A deputada se aproveita de algo que não ouviu e aí vai me acusando de homofobia. É desrespeito com a causa. É uma aproveitadora aproveitadora dessa causa que traz tanta preocupação para o país.”
O parlamentar afirmou ser arquiteto e ter “inúmeros amigos homossexuais” que lhe questionaram sobre a suposta conduta transfóbica. “São arquitetos, professores que respeito, e vêm me mandar mensagem indignados achando que eu tive conduta como essa”, afirmou.
Durante a oitiva do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) disse que Brunini foi “homofóbico” e, enquanto Erika estava falando, o deputado teria dito que ela estava “oferecendo serviços”. Após o caos, o presidente da CPI, Arthur Maia (União-BA) informou que o caso será investigado.