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Denúncias de violência contra a mulher pelo 180 crescem 27,7% no DF

Segundo o governo federal, das 1.940 denúncias de violência contra a mulher no DF, 1.191 foram feitas pelas próprias vítimas

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida mostra mão feminina, com letra x pintada de vermelho na palma - Metrópoles - Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O número de denúncias de violência contra a mulher feitas pelo Ligue 180 cresceu 27,72% no Distrito Federal. Entre janeiro e julho de 2024, a central registrou 1.940 pedidos de socorro. No mesmo período do ano passado, foram feitas 1.519 ligações.

Segundo o governo federal, das 1.940 denúncias de 2024, 1.191 foram feitas pelas próprias vítimas e 749, por terceiros. A casa das vítimas foi local das agressões em 792 casos.

Os dados divulgados pelo governo federal apontam que os alvos da violência doméstica são, em maioria, mulheres negras (1.182 vítimas). Os maridos, companheiros ou ex foram os responsáveis pelos crimes em 717 ocorrências.

Maria da Penha: entenda a lei que protege mulheres da violência

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À época, a OEA responsabilizou o Brasil e o acusou de omissão e tolerância em relação à violência doméstica praticada contra as mulheres. Além disso, a entidade recomendou que o governo não só punisse o agressor de Maria, como prosseguisse com uma reforma para evitar que casos como esse voltassem a ocorrer
Em 2002, diante da negligência do Estado, ONGs feministas elaboraram a primeira versão de uma lei de combate à violência doméstica contra a mulher. Somente em 2006, no entanto, a Câmara e o Senado discutiram sobre o caso e aprovaram o texto sobre o crime
Em 7 de agosto de 2006, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) foi sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com 46 artigos distribuídos em sete títulos, a legislação visa coibir a violência doméstica contra a mulher, em conformidade com a Constituição Federal
A lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006, e o primeiro caso de prisão com base nas novas normas foi a de um homem que tentou estrangular a esposa, no Rio de Janeiro
A Lei Maria da Penha altera o Código Penal e determina que agressores de mulheres não possam mais ser punidos com penas alternativas, como era usual. O dispositivo legal aumenta o tempo máximo de detenção, de 1 para 3 anos, e estabelece ainda medidas, como a proibição da proximidade com a mulher agredida e os filhos

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, disse que o número 180 tem característica preventiva e colaborativa, diferente do 190, usado para emergências. “Muitas vezes tem um vizinho, uma amiga, que não sabe o que fazer quando vivencia uma situação de violência contra a mulher. O Ligue 180 é essa referência”, explicou.

A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. É possível fazer a chamada de qualquer lugar do Brasil ou acionar o canal via chat no WhatsApp (61) 9610-0180.

O Ligue 180 foi o canal procurado para relato de 84,3 mil casos de violência contra a mulher em todo o país, entre janeiro e julho de 2024. Houve aumento de 33,5% nas denúncias, em comparação ao mesmo período do ano passado.

Os homens foram apontados como autores dos atos de violência em 68,6% das ocorrência, enquanto as mulheres foram as autoras em 20,4% dos casos.

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