Dengue: consultas sobem 1.261%, e UBSs deverão atender em auditórios
Nos 11 primeiros dias do ano, Saúde registrou alta de 1.261% nos atendimentos de pacientes com suspeita de dengue nas UBSs do DF
atualizado
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A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) orientou que as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) adaptem os espaços de atividades coletivas, como salas de reuniões e auditórios, para hidratação oral e venosa em pacientes com suspeita de dengue.
Memorando emitido pela Gerência da Estratégia Saúde da Família determina que a abertura dos novos espaços para administração de soro para pacientes comece nesta segunda-feira (15/1).
O documento, datado da última sexta-feira (12/1), destaca o aumento de 1.261% nos atendimentos de cidadãos com suspeita de dengue nas UBSs.
Entre o dia 1º de janeiro e a última quinta-feira (11/1), 9.790 pessoas procuraram as unidades com sintomas da doença. No mesmo período do ano passado, esse total era de 776.
A Gerência da Estratégia Saúde da Família também determinou que cada região de saúde indique uma UBS com localização mais próxima a uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) ou a um hospital regional para funcionar aos sábados e domingos, das 7h às 19h, a partir de 27 de janeiro.
Casos dispararam
O DF enfrenta uma epidemia de dengue neste início de ano. A governadora em exercício, Celina Leão (PP), declarou que o governo “entende a gravidade da crise” e vai contratar mais agentes de vigilância sanitária.
“Esses agentes são importantes, pois entram nas casas das pessoas, mas todo mundo deve ajudar. A cepa [do vírus da dengue] veio forte. Há uma epidemia, e todos devemos colaborar”, enfatizou a governadora em exercício, na última sexta-feira (12/1).
O DF registrou 2.189 casos suspeitos de dengue neste ano, dos quais 2.152 são tratados como prováveis. O número leva em consideração a primeira semana epidemiológica de 2024, que analisa dados até 6 de janeiro.
O boletim destaca que, dos casos prováveis de dengues, 2.054 (95,4%) ocorreram entre moradores do DF.
Em relação ao mesmo período do ano passado, houve aumento de 207% no número de possíveis ocorrências de dengue entre moradores da capital federal.