Defesa pede, pela 4ª vez, para revogar prisão de ex-comandante da PMDF
Os advogados do coronel Fábio Augusto Vieira reiteraram o pedido de revogação da prisão após a PGR se manifestar contra a soltura
atualizado
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A defesa do ex-comandante-geral da Polícia Miliar do Distrito Federal (PMDF), coronel Fábio Augusto Vieira, reiterou o pedido de revogação da prisão preventiva.
Os advogados João Paulo Boaventura e Thiago Turbay enviaram um novo documento ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, nesta quarta-feira (1º/2), em que pedem a soltura do coronel.
Ele foi preso, por determinação de Moraes, sob suspeita de omissão ou conivência diante dos atos antidemocráticos ocorridos no último dia 8 de janeiro. A defesa já apresentou três pedidos de soltura, mas ainda não obteve resposta positiva da Justiça.
Os advogados reiteraram o pedido de revogação no mesmo dia em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou pela manutenção da prisão preventiva do ex-comandante-geral da PMDF.
Para o coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, não é “crível” que Fábio Augusto Vieira “desconhecesse a gravidade dos atos que se avizinhavam”, tanto que, pessoalmente, foi para o local dos fatos para acompanhar os desdobramentos.
Batalhão de choque durante confronto manifestantes no Planalto
“O que se tem, até esse momento, é uma hipótese criminal que autoriza a custódia [prisão] cautelar do requerente [Fábio Augusto], porque, ainda que haja necessidade de delimitação de outras responsabilidades e alguns contornos fáticos, há evidências de que o requerente sabia, podia e devia ter agido”, afirmou.
Os advogados do coronel afirmaram que ele se utilizou dos meios disponíveis para evitar a invasão, “na medida em que, ao entrar em contato com comandante daquela operação, foi informado sobre a suficiência do contingente policial que se destinaria a conter qualquer ameaça”.
Segundo a defesa do ex-comandante da PMDF, não é verdadeira a narrativa de que ele não buscou se inteirar sobre as providências da corporação para garantir a segurança no dia 8 de janeiro.
“Todas as notícias a ele repassadas eram no sentido de que todo o contingente já escalado e pronto para ser empregado era suficiente para promover a segurança no dia 08 de janeiro de 2023, inclusive, sendo noticiado a ele o emprego total das forças especiais”, disseram os advogados.