Defesa de ex-comandante da PMDF pede revogação de prisão novamente
Advogados do coronel Fábio Augusto Vieira fizeram novo pedido de revogação da prisão, com base no relatório da intervenção federal no DF
atualizado
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Os advogados do ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) coronel Fábio Augusto Vieira entraram com o terceiro pedido de revogação da prisão preventiva.
Fábio Vieira foi preso por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. A decisão foi confirmada em plenário.
Na última sexta-feira (27/1), a defesa do coronel encaminhou um novo pedido de revogação da prisão para Moraes, com base no relatório da intervenção federal sobre os atos antidemocráticos.
No documento, os advogados rebatem a acusação de suposta omissão e conivência por parte do então comandante-geral da PMDF.
Com base no relatório da intervenção, apresentado na semana passada, a defesa diz que cabia ao Departamento de Operações (DOP) da PMDF o planejamento e a execução do policiamento na Esplanada.
A defesa afirma que o coronel não participou do planejamento, da estruturação nem da organização da operação, que cabia ao Departamento de Operações.
“Até o dia dos eventos, as informações repassadas pelo DOP eram no sentido de que o efetivo policial a ser empenhado naquela data era suficiente e que o ânimo da manifestação seria pacífico, de modo que o requerente não teria motivo legítimo para desconfiar de sua inveracidade”, argumentou a defesa.
Os advogados ainda reportaram a Alexandre de Moraes a fala do interventor federal, Ricardo Cappelli, referente à atuação de Fábio Augusto no dia da invasão.
Ricardo Cappelli afirmou que o coronel perdeu o comando da tropa.
“Esteve, desde o início da manhã, no Campo de Operações; tentou defender as linhas; tentou defender o Congresso Nacional; depois, atuou no STF; e, apesar do esforço individual dele, apesar das tentativas dele de mobilizar as outras tropas e outros batalhões, os apelos e as ordens não foram atendidos”, declarou Cappelli, em coletiva de imprensa na última sexta-feira (27/1).