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Defesa de ex-comandante da PMDF pede, novamente, revogação de prisão por 8/1

Advogados do coronel Jorge Eduardo Naime protocolaram novo pedido de liberdade há alguns dias. Naime está preso pelos atos de 8 de janeiro

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Ex-comandante de Operações da PMDF e atualmente preso, coronel Jorge Eduardo Naime presta depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos do dia 8 de Janeiro 1
1 de 1 Ex-comandante de Operações da PMDF e atualmente preso, coronel Jorge Eduardo Naime presta depoimento na CPI dos Atos Antidemocráticos do dia 8 de Janeiro 1 - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

A defesa do ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) coronel Jorge Eduardo Naime protocolou um novo pedido de liberdade do oficial. Naime está detido no âmbito do inquérito que investiga a responsabilidade de autoridades sobre a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro.

O pedido foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 3 de maio e seguiu para a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o órgão se manifestasse sobre o pedido.

Após o ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres ter o pedido de revogação da prisão preventiva aceito pelo STF, Naime tornou-se o único integrante da cúpula da segurança do DF que segue atrás das grades.

“Aguardamos com a certeza de que Naime será solto como medida de justiça. A atuação do coronel da Polícia Militar no dia 8 foi alicerçada na técnica das tropas especializadas, o que se consubstancia no amplo rol de documentos juntados pela defesa nos autos. Vale lembrar que o coronel Naime é policial experiente e um dos maiores especialistas em tropas especializadas do país”, disse a advogada do oficial, Izabella Borges, ao Metrópoles.

Ele foi detido em 7 de fevereiro, por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, na 5ª fase da Operação Lesa Pátria. Naime pediu folga quando era comandante de Operações da PMDF e foi dispensado do trabalho na véspera das invasões.

Em 20 de março, a defesa de Naime chegou a pedir a liberação dele da prisão. Os advogados argumentaram que, no dia 8 de janeiro, o coronel foi convocado “às pressas” e “chegou ao palco dos eventos fardado, preparado para operar, e coordenou as tropas, mesmo ferido”.

O pedido, porém, foi negado. Em 10 de maio, o Fórum das Associações Representativas dos Policiais Militares e Bombeiros do DF divulgou uma carta aberta em que pede a liberação do coronel.

Por meio de nota, a defesa afirmou que não há fundamento legal para a permanência de Naime na prisão. O documento é assinado pelos advogados Iuri Cavalcante, Pedro Afonso Figueiredo de Sousa, Rodrigo Costa Yehia Castro e Izabella Borges.

“Já são mais de 95 dias de prisão preventiva, sendo que todas as provas já foram colhidas e é o único da Polícia Militar que permanece preso, mesmo estando de dispensa no dia 8 de janeiro e atendendo prontamente a um chamado para comparecer na Esplanada dos Ministérios, expulsar os invasores dos prédios públicos e prendê-los”, diz o texto.

Os advogados também afirmam que, durante os atos de 8 de janeiro, mesmo estando de férias, o coronel foi à campo e chegou a realizar prisões.

“Importante destacar que, mesmo afastado das suas funções, diante da calamidade da situação instaurada no dia 8 de janeiro, o coronel Naime atuou bravamente no teatro de operações, ao lado dos seus companheiros de farda. Foi o responsável por realizar diversas prisões de vândalos, resultando, inclusive, em um grave ferimento de rojão em suas pernas, o que vem lhe causando problemas de saúde. O relatório da Polícia Federal, no que tange aos fatos do dia 8 de janeiro de 2023, deixa claro que que Naime não cometeu qualquer conduta delitiva, tampouco se omitiu”.

Agora, a defesa aguarda uma reposta do relator do processo do STF, o ministro Alexandre de Moraes.

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