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Damares se anuncia líder de movimento conservador no DF: “Está órfão”

A senadora Damares Alves afirmou que vai “assumir o vazio” de uma liderança política conservadora no DF, e Michelle Bolsonaro estará junto

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Mulher fala no ouvido de outra mulher
1 de 1 Mulher fala no ouvido de outra mulher - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) anunciou a aliados e lideranças políticas de outros partidos, neste domingo (30/6), que vai capitanear um movimento conservador em Brasília.

No comunicado obtido pela coluna Grande Angular, Damares diz ter percebido que “a direita conservadora carece de uma liderança e precisa se preparar para ocupar as cadeiras”.

Segundo a senadora, “este movimento vai se manifestar claramente contra as drogas, pela família, pelo fim da violência contra as crianças, pelo fim da doutrinação de crianças nas escolas, contra a corrupção, contra o aborto e contra o comunismo”. “Não vamos flertar com ninguém da esquerda”, enfatizou.

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A senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF)
Damares Alves, Abrace o Marajó
Damares ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsoanro
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A senadora Damares Alves

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A senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal

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A senadora Damares Alves (Republicanos-DF)

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Damares Alves, Abrace o Marajó

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Damares ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsoanro

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Damares afirmou que o grupo precisa de “um exército mais fortalecido em nossas pautas e um time multi-partidário”. Segundo a senadora, o movimento “está órfão” no DF.

“Quem é a liderança política conservadora no DF? A Bia [Kicis] é líder do partido dela [do PL] e está, de forma legítima, cuidando da candidatura dela”, declarou.

Damares avisou que irá “assumir o vazio que está no DF” e comunicou que a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro estará junto. “Vou caminhar na tentativa de unir todos os conservadores que estão vagando, mas sob uma liderança”, pontuou. A senadora avisou que terá “gente de vários partidos”, mas “sem os radicais”.

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Apesar de ter nascido no Sul do Brasil, Damares cresceu em vários estados do nordeste, como Bahia, Sergipe e Alagoas. Isso porque a política e a família acompanhavam o pai, que era pastor, quando ele precisava ministrar em outros locais do país
Após completar a escola, Damares cursou pedagogia e passou a dar aulas para crianças. Durante esse período, e seguindo os passos do pai, se tornou pastora e passou a trabalhar com causas sociais no Movimento Nacional Meninas e Meninos de Rua
Tempos depois, se formou em direito e começou a trabalhar na Secretaria Municipal de Turismo. Em 1995, filiou-se ao Partido Progressista Brasileiro (PPB) e, mais tarde, se mudou para Brasília e assumiu o cargo de assessora parlamentar do tio, o também político Josué Bengtson
Após obter experiência no cargo, foi assessora parlamentar de quase uma dezena de outros deputados que compõem a bancada evangélica. Atuou ainda como assessora jurídica da Câmara dos Deputados, por mais de 20 anos, até ser convidada por Bolsonaro para assumir o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos humanos, no fim de 2018
Damares é mãe adotiva de Lulu Kamayurá, jovem Kamayurá do Parque Indígena do Xingu. Essa, na verdade, foi uma das primeiras polêmicas envolvendo a política. Segundo parentes biológicos de Lulu, a menina foi levada sem permissão dos progenitores. No entanto, Damares negou a versão, apesar de ter admitido que a adoção não foi formal
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Damares Regina Alves, nascida em 1964, é uma política, advogada e pastora evangélica. Natural de Paranaguá, no Paraná, foi ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro, de 2019 a 2022

Andressa Anholete / Correspondente/ Getty Images
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Apesar de ter nascido no Sul do Brasil, Damares cresceu em vários estados do nordeste, como Bahia, Sergipe e Alagoas. Isso porque a política e a família acompanhavam o pai, que era pastor, quando ele precisava ministrar em outros locais do país

Rafaela Feliciano/Metrópoles
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Após completar a escola, Damares cursou pedagogia e passou a dar aulas para crianças. Durante esse período, e seguindo os passos do pai, se tornou pastora e passou a trabalhar com causas sociais no Movimento Nacional Meninas e Meninos de Rua

Michael Melo/Metrópoles
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Tempos depois, se formou em direito e começou a trabalhar na Secretaria Municipal de Turismo. Em 1995, filiou-se ao Partido Progressista Brasileiro (PPB) e, mais tarde, se mudou para Brasília e assumiu o cargo de assessora parlamentar do tio, o também político Josué Bengtson

Flickr/MMFDH
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Após obter experiência no cargo, foi assessora parlamentar de quase uma dezena de outros deputados que compõem a bancada evangélica. Atuou ainda como assessora jurídica da Câmara dos Deputados, por mais de 20 anos, até ser convidada por Bolsonaro para assumir o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos humanos, no fim de 2018

Michael Melo/Metrópoles
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Damares é mãe adotiva de Lulu Kamayurá, jovem Kamayurá do Parque Indígena do Xingu. Essa, na verdade, foi uma das primeiras polêmicas envolvendo a política. Segundo parentes biológicos de Lulu, a menina foi levada sem permissão dos progenitores. No entanto, Damares negou a versão, apesar de ter admitido que a adoção não foi formal

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Ao lado de Henrique Afonso (PT-AC, na época, do PV), Damares trabalhou pela aprovação do projeto de lei que previa o combate ao infanticídio em áreas indígenas, pela aprovação da “cura gay” e do Estatuto do Nascituro

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Além de toda a trajetória conservadora, Damares ganhou apoiadores no meio evangélico após vídeos em que ela discursa contra a “teoria feminista de gênero”, denuncia supostos “teor esquerdista” em livros escolares e prega a favor “da família tradicional brasileira” viralizar nas redes sociais

Willian Meira/MMFDH
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Após a posse de Bolsonaro, em 2019, um vídeo em que a política comemora a vitória do atual presidente gerou outra polêmica. Nas imagens, ela fala que uma “nova era” havia começado e que a partir de então “meninos vestiriam azul e meninas vestiriam rosa”

Igo Estrela/Metrópoles
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E não para por aí. Durante uma entrevista que deu ao portal Fé em Jesus, Damares negou a teoria evolucionista e disse que “a igreja evangélica perdeu o espaço na história e na ciência por permitir o ensino do evolucionismo nos ambientes escolares”

Willian Meira/MMFDH
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A advogada e pastora evangélica Damares Alves foi indicada, em dezembro de 2018, para o cargo de ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. No Senado, ela assessorou o aliado de Bolsonaro Magno Malta

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Em 2020, a política teria agido para impedir o aborto legal de uma menina de 10 anos, que engravidou após sucessivos estupros praticados pelo tio, no Espírito Santo. O caso ganhou projeção nacional

Regis Velasquez/Especial Metrópoles

Segundo a mensagem de Damares, ela mesmo informou da iniciativa conservadora à vice-governadora do DF Celina Leão (PP) para afastar a impressão de que está se preparando para candidatar-se ao Governo do Distrito Federal (GDF) em 2026. Celina deve concorrer ao cargo.

“Já informei a Celina para que ela também não achar que é um movimento de candidatura minha. Ela sabe que ela é a minha candidata”, escreveu Damares.

A política afirma que também comunicou o governador Ibaneis Rocha (MDB) e o senador Izalci Lucas (PL).

Damares disse que “o movimento vai querer o maior número de cadeiras na CLDF [Câmara Legislativa do Distrito Federal] e no Congresso Nacional”.

“Quantos são mesmo conservadores reais? Só posso contar com três quatro. Esta bancada tem que aumentar. Temos que fortalecer um time para Martins [Machado] liderar lá dentro”, enfatizou.

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