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“Agora tenho certeza de que o PDT vai se afogar com o PT e o governo que está aí”, diz Cristovam

Depois de 11 anos na legenda, senador brasiliense vai para o PPS de Roberto Freire

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Geraldo Magela/Agência Senado
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1 de 1 13699557265_99542d8cdb_o - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O senador Cristovam Buarque vai entregar sua carta de desfiliação do PDT na próxima quarta-feira (17/2) e, imediatamente, se alinhar às fileiras do PPS, de Roberto Freire.

A intenção de Cristovam de defenestrar o PDT pela janela aberta para a troca de partidos já está tomada há algum tempo. Recente é a decisão de ele se filiar em seguida ao PPS. A medida atende a um pedido do presidente do partido que pretende aproveitar o movimento de Cristovam para incentivar deputados a tomarem o mesmo rumo do senador do DF.

Cristovam Buarque sai do PDT depois de 11 anos de filiação na legenda pela qual foi candidato à presidente da República, em 2006, contra o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O PPS será a terceira sigla do político que governou o Distrito Federal pelo PT, entre 1995 e 1998.

Apesar da filiação por mais de década, Cristovam já dava sinais de seu desalinhamento com partido faz tempo. Sempre foi uma voz contrária à parceria do PDT com o PT de Lula e Dilma. Com as malas prontas para o PPS, ele diz, escancaradamente, o que pensa do futuro da legenda que deixará na quarta: “Agora tenho certeza de que o PDT vai se afogar com o PT e o governo que está aí”.

Reguffe
No mesmo dia em que Cristovam deixar o PDT, o senador  também vai pedir sua desfiliação do partido. Mas Reguffe pretende ficar um tempo sem legenda. Não tem planos de se vincular a uma nova sigla até o final do ano.

Com isso, a configuração partidária dos três senadores do DF muda em 100%. Além de Cristovam e de Reguffe, Hélio José também mudou de legenda recentemente. Hoje, ele milita pelo PMB, mas, quando assumiu o mandato do qual é suplente, era filiado ao PSD.

Três perguntas para Cristovam Buarque:

O senhor vai ser candidato à presidência da República? 
O partido não assumiu nenhum compromisso comigo em relação a essa candidatura. E nem eu assumi nenhum compromisso com o PPS para ser candidato à presidência, até porque quando você muda de partido aos 72 anos, não tem muita margem para esse tipo de negociação.

Quais são os planos do senhor daqui em diante?
Tenho planos de atualizar e de modernizar um partido que já está aí. Poderia pensar em uma nova legenda, mas prefiro, sinceramente, fazer esse trabalho junto ao PPS.

O senhor não teve espaço para se candidatar à presidência no PDT, por isso saiu? 
Quando Lupi embarcou no governo, ele disse que sairia meses depois. Mas Lula e Dilma o chamavam para conversar sobre ministério e ele desistia. O PDT está se preparando para dar continuidade ao governo depois de o PT terminar sua administração, ser o PT sem o PT, e eu não quero meu nome vinculado a isso. Tenho certeza de que o PDT vai se afogar com o PT e o governo que esta aí.

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