Com a previsão de receberem a primeira dose da vacina contra Covid-19 nesta quinta-feira (20/5), os professores e profissionais de creches do Distrito Federal enfrentam um dilema. Eles participaram de ampla campanha de imunização contra a gripe, iniciada em 11 de maio. A vacina garante proteção contra os vírus influenza A H1N1 e H3N2, e influenza B, mas, de acordo com o Ministério da Saúde, os imunizados precisam esperar pelo menos 14 dias de intervalo antes de tomar a dose contra Covid-19.

Para chegar ao prazo mínimo e serem imunizados, essa categoria de trabalhadores teria de esperar, pelo menos, até 26 de maio. Assim, somente uma parcela dos profissionais poderiam ser contemplados com a campanha a ser iniciada nesta quinta-feira (20/5).

Preocupado com a possível indisponibilidade de doses para que os trabalhadores se imunizem depois, o Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep-DF) pedirá ao GDF que reserve unidades do imunizante contra Covid-19 para esse público.

“A vacinação contra o vírus influenza foi uma campanha conjunta com a Secretaria de Educação. Ainda não temos um percentual de quantos profissionais de creches se vacinaram, mas foi ampla maioria. Vamos fazer um apelo para que a secretaria segure essas doses, pois eles não poderão tomar nesta quinta-feira”, afirmou o diretor jurídico do Sinproep, Rodrigo de Paula.

Vacinação

Em 17 de maio, o governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou que a vacinação contra Covid-19 para os funcionários de creches do DF começa em 20 de maio. De acordo com o chefe do Executivo local, esta é data prevista para os primeiros profissionais da educação serem imunizados, conforme previsto pela Secretaria de Educação. Depois dos trabalhadores de creches, será a vez dos gestores de escolas.

Embora o governo tenha estimado um número de 10 mil profissionais de creches em todo o DF para serem vacinados, nesta terça-feira (18/5), o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do (Sinepe) entregou à Secretaria de Educação lista com 9 mil nomes. A presidente da entidade representativa, Ana Elisa Dumont, afirmou que essa é a soma de professores, monitores e outros profissionais que atuam nos estabelecimentos.

A Grande Angular entrou em contato com as secretarias de Educação e de Saúde, mas não havia recebido resposta até a última atualização desta reportagem. O espaço permanece aberto.