Covid: alunos do DF farão prova para avaliar perdas na próxima semana
Rede pública vai aplicar avaliação diagnóstica para identificar os prejuízos na alfabetização que podem ter sido provocados pela pandemia
atualizado
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Os alunos da rede pública do Distrito Federal farão, na próxima semana, em 15 e 16 de março, uma avaliação diagnóstica a fim de identificar os prejuízos na alfabetização que podem ter sido provocados pela pandemia de Covid-19. Em entrevista exclusiva à coluna Grande Angular, a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, disse que a recuperação da aprendizagem dos estudantes é um dos principais desafios da pasta neste ano.
As aulas na rede pública de ensino local retornam em 14 de fevereiro, de forma 100% presencial. Para a gestora, a volta às aulas foi “muito além da expectativa”. “A Ômicron, em que pese ser bem transmissível, teve a curva descendente rápida. Então, ficamos surpresos com os dados [de Covid nas escolas], foram pouquíssimos casos, bem pontuais”, disse.
“Estamos muito felizes com o retorno das crianças e agora temos um trabalho bem pesado pela frente, que é recuperar as aprendizagens. Esse é o nosso foco. Nos dias 15 e 16 vamos fazer a primeira avaliação diagnóstica e, em cima dela, vamos trabalhar as intervenções pedagógicas necessárias, ver o que fazer em cada situação”, completou a secretária.
No início de fevereiro, a Secretaria de Educação anunciou que os alunos da rede pública seriam submetidos à avaliação diagnóstica. À época, a subsecretaria de ensino básico, Solange Foizer, disse que a prova é planejada desde outubro do ano passado. “Todos os estudantes a partir do 2º ano do ensino fundamental até o 3° ano do ensino médio, incluindo alunos da Educação de Jovens e Adolescentes (EJA), farão a prova”, detalhou.
Os resultados devem estar disponíveis em 18 de março.
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Desafios
Além de lidar com os impactos da pandemia na aprendizagem dos alunos, a Educação também tem como desafio para 2022 o novo ensino médio. Agora, durante os três anos de formação, os estudantes optarão por diferentes disciplinas a cada semestre, com exceção de matemática, português e educação física ─ obrigatórias em todo o curso.
Outra mudança proposta pela Secretaria de Educação no currículo dos estudantes são os itinerários formativos. Eles podem optar por diversas atividades eletivas, que são organizadas dentro de cada escola.
“O país inteiro está adotando o modelo neste ano, então é toda uma adequação, uma mudança, uma quebra de paradigma mesmo. A gente sai daquele sistema das disciplinas curriculares e você tem as trilhas, os itinerários formativos, você seleciona por área de conhecimento”, comenta Hélvia Paranaguá.
A implementação do modelo começou em escolas-piloto durante 2020 e 2021. Agora, são 95 unidades de ensino do DF 100% com o novo ensino médio.