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Corregedoria vai investigar professor de geografia após alunos serem carimbados para não repetirem comida

A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, disse que corregedoria vai verificar possíveis abusos da gestão da escola

atualizado

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Alunas mostram carimbo nas mãos
1 de 1 Alunas mostram carimbo nas mãos - Foto: Reprodução

O professor de geografia Saimon Freitas Cajado Lima, que carimbou alunos no Centro Educacional (CED) 03 de Planaltina para evitar que eles repetissem a merenda, será investigado pela Corregedoria da Secretaria de Educação do Distrito Federal. O caso ocorreu na última sexta-feira (2/9), pela manhã, mas só foi revelado nesta sexta (9/9).

A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, disse à coluna que uma equipe da pasta foi até a escola nesta manhã e apurou as informações sobre o caso. O relatório será enviado à corregedoria.

“Isso gerou um enorme constrangimento aos estudantes, o que considero inaceitável. Também serão verificados possíveis abusos ou omissão por parte da gestão da escola”, afirmou Hélvia.

A secretária disse que o CED 3 de Planaltina funciona em três turnos. O diretor estava na unidade durante a tarde e à noite. De manhã, quem deveria estar responsável pela escola era o vice-diretor, mas ele estava no médico, de acordo com a apuração interna da pasta.

“Então esse professor teve a ideia de carimbar os meninos porque, como a escola é muito grande, a fila para a merenda é grande e alguns começaram a furar a fila. Então, quem já tinha almoçado queria repetir, enquanto outras crianças ainda não tinham comido. Por isso, ele decidiu carimbar os alunos. Mesmo tendo coordenador e supervisor pedagógico, ninguém impediu que ele fizesse isso. As pessoas devem ter achado natural, o que para mim é um absurdo”, contou a secretária.

O diretor teve conhecimento sobre o caso na segunda-feira (5/9), após receber denúncia por meio da Ouvidoria. Já a secretária Hélvia Paranaguá disse que só tomou conhecimento sobre a situação nesta sexta (9/9).

Repúdio

Mais cedo, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e a secretária de Educação, repudiaram o caso. A história foi revelada pelo G1 e TV Globo, nesta sexta-feira (9/9), e confirmada pelo Metrópoles.

“Pedi providências imediatas para a Secretaria de Educação para resolver esse absurdo, que não pode acontecer em nenhuma escola. É inadmissível”, afirmou o governador no Twitter.

Hélvia Paranaguá afirmou: “A criança está na escola e precisa receber alimentação saudável. Temos prezado, sim, por uma alimentação de excelência para os nossos estudantes. Então, deslocamos uma equipe até a escola para verificar a situação, o que realmente aconteceu e, se for necessário, vamos punir os envolvidos nessa história. Não aceitamos, de forma alguma, qualquer constrangimento a qualquer aluno que seja da rede pública de ensino”.

Merenda

A equipe da Secretaria de Educação também conferiu o abastecimento de alimentos no CED 3 de Planaltina. A escola recebe alimentos todas as segundas-feiras, segundo Hélvia. Confira as fotos feitas nesta sexta:

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Servidora observa freezer com carne em escola do DF
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Divulgação/Secretaria de Educação
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Servidora observa freezer com carne em escola do DF

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