Coronel pede aposentadoria após ser preso de novo por ordem de Moraes
Após coronel Marcelo Casimiro ficar solto por seis dias, ministro do Supremo Alexandre de Moraes revogou a liberdade do oficial da PMDF
atualizado
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O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues (de farda na foto em destaque) pediu transferência para a reserva remunerada após ser preso pela segunda vez. Ele é acusado de omissão diante dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Casimiro apresentou o pedido de aposentadoria à Diretoria de Pessoal Militar da PMDF nessa quinta-feira (4/4), um dia após ser preso de novo. A coluna Grande Angular apurou que o coronel completou 30 anos na corporação em fevereiro último.
Depois de o oficial solicitar a transferência para a reserva, a defesa dele pediu a revogação da prisão preventiva do réu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator da ação penal na qual Casimiro é acusado.
“O coronel protocolizou o requerimento de reserva ontem [quinta-feira]. Informamos no processo e pugnamos pela revogação da prisão, haja vista que o fundamento do decreto de prisão é assegurar a instrução criminal, e o acusado na ativa, segundo o relator, poderia trazer risco ao resultado útil do processo”, afirmou o advogado Danillo de Oliveira Souza, que representa Casimiro.
O militar foi preso em 18 de agosto de 2023 e recebeu direito à liberdade provisória em 28 de março de 2024. Nesta semana, porém, Moraes voltou atrás e determinou a prisão do oficial novamente. O cumprimento do mandado ocorreu na quarta-feira (3/4).
A reportagem apurou que a revogação da prisão, na semana passada, deu-se sob argumento de que o acusado teria se transferido para a reserva remunerada e, nessa condição, não ofereceria risco ao andamento do processo. No entanto, o réu continua na ativa.
Liberados pelo STF
Ainda em 28 de março, Alexandre de Moraes concedeu liberdade a dois coronéis da PMDF, além de Casimiro: Klepter Rosa e Fábio Augusto Vieira. Ambos se aposentaram em janeiro de 2024.
Na última quarta-feira (3/4), o ministro também autorizou a soltura de Paulo José, coronel da corporação preso no âmbito das mesmas investigações sobre os atos antidemocráticos.