Coronel da PMDF apresenta atestado e adia depoimento na CPI do 8/1
No lugar do coronel Reginaldo de Souza Leitão, a CPI dos Atos Antidemocráticos receberá o ex-diretor-adjunto da Abin Saulo Moura da Cunha
atualizado
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O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Reginaldo de Souza Leitão apresentou atestado médico de 25 dias e teve o depoimento adiado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de janeiro, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
Leitão (foto em destaque) era o chefe do Centro de Inteligência da PMDF à época dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. O coronel iria depor na quinta-feira da semana que vem (26/10), mas apresentou atestado válido entre 6 e 30 de outubro.
No lugar de Leitão, a CPI dos Atos Antidemocráticos receberá o ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha, na condição de testemunha.
O deputado distrital Pastor Daniel de Castro (PP) é o autor do requerimento para ouvir Cunha. O parlamentar quer reforçar a tese de que o governo federal tinha conhecimento dos riscos das manifestações marcadas para o fim de semana de 8 de janeiro.
Depoimento no Congresso
Durante depoimento na CPMI do 8 de Janeiro, do Congresso Nacional, o ex-diretor-adjunto da Abin contradisse declaração do então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, de que não tinha sido informado sobre o risco dos confrontos.
Cunha disse que os primeiros informes foram enviados ao general na manhã de 8 de janeiro, por rede social. Segundo o ex-diretor-adjunto da Abin, ele mesmo falou com GDias sobre o risco dos atos.
“Fiz os dois relatórios. O primeiro numa planilha que continha os alertas encaminhados pela Abin a grupos e continha também os alertas encaminhados por mim pessoalmente, do meu telefone, ao ministro-chefe do GSI [GDias]”, contou.
“Entreguei essa planilha ao ministro, e ele determinou que fosse retirado o nome dele dali, porque não era o destinatário oficial daquelas mensagens. Que ali fosse mantido apenas as mensagens encaminhadas para os grupos de WhatsApp. Ele determinou que fosse feito, eu obedeci a ordem”, disse Cunha a deputados e senadores.