Contra privatização da CEB, trabalhadores aprovam greve a partir do dia 1º
Nesta quarta-feira (25/11), a categoria fez protesto em frente ao Buriti e anunciou paralisação das atividades até a meia-noite
atualizado
Compartilhar notícia
Os trabalhadores da Companhia Energética de Brasília (CEB), movimentos populares e parlamentares realizam ato contra a privatização da concessionária de energia, nesta quarta-feira (25/11), em frente à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e na Praça do Buriti.
Durante a manhã, os sindicalistas decidiram cruzar os braços e permanecerem parados até meia-noite desta quarta. Também foi deliberado greve, por tempo indeterminado, a partir do dia 1º de dezembro, além de um ato unificado marcado para o dia 2. O pleito é pela estabilidade dos trabalhadores e trabalhadoras e a suspensão do leilão da estatal.
A iniciativa tem como objetivo pressionar o GDF e destravar o diálogo entre o governador Ibaneis Rocha (MDB) e o Sindicato dos Urbanitários no DF (STIU-DF).
“Acompanhamos o caos no Amapá, a população e o comércio foram prejudicados pela ação irresponsável de uma empresa privada. Não podemos correr o risco que isso aconteça na capital da República”, disse João Carlos Dias Ferreira, diretor do STIU.
Segundo Dias, o processo de privatização da CEB deve ser suspenso imediatamente, até que o Judiciário se manifeste de forma definitiva sobre a obrigatoriedade de lei específica para privatizar a distribuidora. “Em paralelo, a categoria deliberou por greve a partir de 1ºde dezembro tendo em vista que a CEB não apresentou nenhuma proposta em relação ao acordo coletivo vigente”, completou.
O Sindicato alerta que a privatização da CEB, prevista para 4 de dezembro, causará efeito devastador no sistema elétrico da capital federal. Há também o risco de aumentos abusivos na conta de energia dos brasilienses, segundo a entidade.