Com recorde de mortes no país, grupo faz “vaquinha antilockdown” no DF
Movimento quer arrecadar R$ 15 mil para “custear despesas, tais como som, faixas, patrocínio em mídias sociais e adesivos”, contra lockdown
atualizado
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Um grupo que participou das recentes manifestações contra o fechamento do comércio no Distrito Federal criou uma vaquinha antilockdown. O dinheiro é arrecadado por meio de um site.
O movimento anunciou que precisa de “ajuda para custear despesas, tais como som, faixas, patrocínio em mídias sociais, adesivos etc”. A meta é juntar R$ 15 mil. Até o fim da manhã desta sexta-feira (5/3), R$ 430 foram doados.
O lockdown no DF teve início no último domingo (28/2). O governador Ibaneis Rocha (MDB) decidiu tomar a medida após a ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) ultrapassar a taxa de 90%. O índice se manteve durante a semana e, na rede pública, chegou a 94,8% nesta sexta-feira.
O Brasil enfrenta o pior cenário da pandemia da Covid-19, desde o início da crise sanitária. Na última quinta, um novo recorde da média de mortes por coronavírus foi registrado: 1.353.
No DF, 4.918 pessoas morreram em decorrência da doença e 302.185 casos de infecção pelo vírus foram notificados. A média móvel de mortes por Covid-19 na capital do país subiu para 16,1 na quinta-feira. É um aumento de 68,6%, na comparação com o indicador apurado há 14 dias, o que confirma a tendência de alta.
Após meses de dificuldade econômica e agora com a saúde à beira do colapso, empresários pedem o fim do lockdown. No primeiro dia de fechamento, houve um protesto na frente da casa do governador. Durante a semana, ocorreram outras manifestações pelo DF.
Ibaneis afirmou, em entrevista ao UOL, que o movimento é financiado por políticos. O grupo, contudo, diz ser “apartidário” e “luta pela gestão eficiente da pandemia no Distrito Federal, sem a aplicação do lockdown”.