Com nove adesões, distritais criam CPI do Patrimônio Público
Um dos objetivos da comissão é avaliar obras cuja conservação foi considerada inadequada pelo TCDF, como o viaduto que caiu no Eixão
atualizado
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Nove deputados distritais assinaram requerimento que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito do Patrimônio Público. A previsão é de que o documento seja lido ainda nesta semana, e a CPI, instalada nos próximos dias. Como a investigação alcançou a quantidade necessária de adesões (mínimo de oito distritais), agora faltam apenas alguns trâmites burocráticos até que o colegiado comece a trabalhar.
O objeto de investigação definido pelos parlamentares é o estado de obras cuja conservação foi considerada inadequada em relatório do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).Depois da leitura em plenário, cabe ao presidente da Casa, Joe Valle (PDT), publicar a proporcionalidade dos blocos no Diário da Câmara Legislativa. Em seguida, marca-se uma data para a eleição dos cinco integrantes. A duração prevista para o funcionamento da comissão é de seis meses.
A lista inclui: a Ponte do Bragueto; o estacionamento do Shopping Conjunto Nacional; o Ginásio Cláudio Coutinho; o viaduto que cruza o Eixão Sul até a via S2; dois viadutos do Eixo L, nas quadras 203/204 Sul e 215/216 Sul; e o viaduto da N2, ao lado do Conjunto Nacional.
Confira o documento que foi protocolado nesta segunda-feira (19/3):
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Celina Leão (PPS), Wellington Luiz (PMDB) e Raimundo Ribeiro (PPS) são os autores da proposição. Nos últimos dias, eles conquistaram o apoio de mais colegas: Bispo Renato (PR), Chico Vigilante (PT), Juarezão (PSB), Robério Negreiros (PSDB) e Ricardo Vale (PT), além de Joe Valle.
Como o presidente da Casa está entre os que querem a abertura da CPI, não deve criar nenhuma dificuldade para o início das investigações. A iniciativa, certamente, vai incomodar o governo, que tenta tirar das costas a responsabilidade pela queda do viaduto no Eixão, ocorrida em 6 de fevereiro. Obviamente, o episódio será muitas vezes lembrado durante as apurações.
Entre os pedidos de estrutura para tocar a CPI, os deputados citam a necessidade de dois auditores de controle interno, além de dois técnicos do TCDF.
Em ano eleitoral, a instalação de uma CPI nas mãos da oposição tem grande poder de fogo.