Com câncer raro aos 35 anos, Danielle Andrade: “Sou mais forte”
Diagnosticada com câncer raro na adrenal, Danielle Andrade compartilha com família e amigos mensagens positivas sobre a vida
atualizado
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Diagnosticada com câncer raro aos 35 anos, Danielle Andrade virou um exemplo de resiliência. A moradora de Brasília descobriu um tipo de câncer raro na adrenal (glândulas do sistema endócrino), em agosto de 2021. Em meio ao momento mais desafiador de sua vida, Danielle decidiu compartilhar com a família e os amigos a forma positiva como enfrenta a doença.
Em setembro, a brasiliense passou por uma cirurgia para retirada do tumor, que já estava com 18 centímetros. Por questão de segurança, os médicos também tiraram o rim esquerdo, o baço, parte do pâncreas, do intestino e do fígado.
Veja fotos de Danielle Andrade e alguns de seus relatos:
Nascida em Altamira (PA), Danielle mora no Distrito Federal desde que tinha 5 anos. Ela é formada em jornalismo, mas atualmente é securitária, ou seja, trabalha com seguros. A jovem tem um filho de 11 anos.
“Eu nunca imaginei que poderia ser câncer, mas quando recebi a notícia de que era um tipo operável e que tinha cura, eu me apeguei a isso e tentei não me desesperar. Queria operar o mais rápido possível. Imaginei que só a cirurgia e alguns medicamentos depois seriam suficientes pra tratar o problema, por isso não me desesperei e tratei de agilizar a cirurgia. O meu medo era ter que fazer quimioterapia”, disse.
O medo de Danielle virou realidade: após a recuperação da cirurgia, o oncologista contou que ela teria de fazer quimioterapia para matar qualquer célula cancerígena restante no corpo. “Aí eu vi o meu mundo desabar. Tive medo de não aguentar. Pensei logo na queda do cabelo, nos efeitos colaterais e ainda tive que lidar com a possibilidade de ficar infértil. Foi um choque”, lembrou.
A securitária começou a quimioterapia em outubro deste ano e já fez metade das sessões. O tratamento também inclui comprimidos.
Os efeitos da doença e do tratamento chegaram rapidamente. Danielle perdeu 10 quilos e o corpo dela ficou debilitado em razão da cirurgia e dos efeitos colaterais da quimioterapia. Mas, com a ajuda da família e dos amigos próximos, ela encara os desafios dia a dia.
“Sinto náuseas, enjoos, tontura, fraqueza. Ver o meu cabelo caindo foi muito doloroso, chorei um dia inteiro. Mas o psicológico abalado pode se tornar o pior inimigo. Controlar o medo, a ansiedade e a insegurança neste processo é muito difícil. Ter uma rede de apoio, estando cercada de amor e carinho, tem sido fundamental pra eu vencer cada etapa dessa batalha”, pontuou.
Quando a tristeza bate, Danielle recupera as forças com a fé em Deus e a esperança de que vai vencer: “Isso é passageiro e, em breve, minha saúde será restaurada e eu vou poder usufruir da minha vida com total alegria fazendo as coisas de que gosto ao lado das pessoas que eu amo, como meu filho, namorado e mãe”.
Danielle diz que, se pudesse, daria dois conselhos para quem está passando por um momento difícil. O primeiro é para que não perca a fé. O segundo é ter uma rede de apoio, como amigos e família. “Lembre-se que de todo mal tira-se o bem e não há dor que dure para sempre. Por fim, ame-se em qualquer situação.”