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Com arrecadação em queda, GDF propõe aumento de alíquota modal do ICMS

Alíquota modal do ICMS incide sobre produtos e serviços não especificados na lei que trata do tributo. Atualmente, DF cobra taxa de 18%

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O Governo do Distrito Federal (GDF) enviou à Câmara Legislativa (CLDF), nesta terça-feira (5/9), um projeto de lei que aumenta para 20% a alíquota modal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Atualmente, a taxa cobrada é de 18%.

A alíquota modal do ICMS recai sobre os produtos e serviços não especificados em lei. O pedido de aumento do imposto se deu diante da queda da arrecadação do DF.

Na proposta de lei, o GDF justifica que o reajuste seria aplicado a “lubrificantes, produtos de perfumaria ou de toucador, preparados e preparações cosméticas e demais mercadorias e serviços não previstos na Lei nº 1.254/1996” — assim, a mudança afeta tudo o que não tiver alíquota definida.

A norma, se aprovada pelo Legislativo, passa a valer em 1º de janeiro de 2024.

Ao menos 13 estados do país também aumentaram a alíquota modal do ICMS. Roraima, Ceará, Rio Grande do Norte e Tocantins, por exemplo, cobram 20%. No Piauí, a taxa é de 21%.

Arrecadação em queda

No primeiro semestre de 2023, o DF arrecadou R$ 485 milhões a menos do que no mesmo período de 2022. A maior queda no recolhimento de impostos se deu em relação ao ICMS (-R$ 725,2 milhões). As demais unidades da Federação também sofrem com a diminuição dos recursos em caixa.

O DF teve a quinta maior queda entre as unidades da Federação na arrecadação desse tributo, entre janeiro e maio de 2023, segundo relatório da Secretaria de Fazenda (Sefaz).

Dados do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), destacam que, ao mesmo tempo em que houve queda nas receitas, o DF reduziu as despesas em 8,6%.

Entre todas as unidades da Federação, só a capital do país e Minas Gerais diminuíram gastos no primeiro semestre de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022.

Nos primeiros cinco meses do ano, o DF arrecadou R$ 3.970 bilhões. No mesmo período de 2022, o ICMS rendeu R$ 4.578 bilhões à capital do país. A variação foi de -13,28%.

No Tocantins, a redução foi de 16,26%, enquanto no Maranhão foi de 16,43%. No Pará, a queda de recolhimento do ICMS chegou a 17,13%. O maior índice foi registrado em Santa Catarina: -32,73%.

Diante da diminuição dos recursos em caixa, o GDF tomou uma série de medidas para tentar manter o equilíbrio das contas públicas. Em maio, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), contingenciou R$ 1 bilhão dos órgãos vinculados ao Executivo distrital.

No mesmo mês, o o secretário de Planejamento, Orçamento e Administração do Distrito Federal, Ney Ferraz, suspendeu o concurso para analista e técnico em gestão e assistência pública à saúde. À época, o secretário disse que a determinação ocorreu para garantir a segurança orçamentária. “Essa é uma das medidas de austeridade tomadas pelo governo para garantir o pagamento das despesas correntes em dia e compromissos, como o reajuste salarial de 18%”, declarou.

Nesta terça-feira (5/9), Ibaneis também enviou à Câmara Legislativa o projeto de lei que institui o Programa de Incentivo à Regularização Fiscal do Distrito Federal, o Refis 2023. A ideia do governo é oferecer condições atraentes para que cidadãos e empresas paguem as dívidas com o GDF e ajudem na recuperação da arrecadação.

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