CLDF questiona Semob sobre acordo de R$ 7,85 mi com universidade de SC
Secretaria de Transporte e Mobilidade desistiu de fechar acordo com a UnB e assinou convênio com a Universidade Federal de Santa Catarina
atualizado
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A Mesa Diretora da Câmara Legislativa (CLDF) aprovou o requerimento do vice-presidente, deputado distrital Ricardo Vale (PT), que pede informações à Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) sobre a contratação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para atualizar o Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal, ao custo de R$ 7,85 milhões.
O requerimento foi publicado na última terça-feira (27/2), no Diário da Câmara Legislativa (DCL). Como mostrou a coluna Grande Angular, a Semob desistiu de fechar acordo com a Universidade de Brasília (UnB) e assinou convênio com a UFSC.
O contrato com a instituição de Santa Catarina foi assinado em 9 de fevereiro último; 10 dias depois, o secretário de Transporte e Mobilidade Flávio Murilo Gonçalves Prates pediu para deixar o cargo.
As tratativas com a UnB estavam avançadas, e a reitora da universidade, Márcia Abrahão, havia assinado o termo de cooperação em março de 2023. No entanto, dois meses depois, a Semob teria voltado atrás.
O documento aprovado pela chefia da CLDF pediu à Semob cópia integral do convênio firmado com a UFSC, os dados sobre o custo total do contrato para o Distrito Federal e o cronograma de desembolso dos recursos. O requerimento também questiona os motivos pelos quais o acordo não se firmou com a UnB, como previsto inicialmente.
À coluna Grande Angular, a Semob havia respondido que não deu sequência ao convênio com a Universidade de Brasília “por razões técnicas”. “O trabalho seria feito com repasse de recursos para a UnB, mas, por questões técnicas, as tratativas foram interrompidas antes que os valores fossem definidos”, comunicou a pasta.
Questionada sobre o motivo pelo qual optou por uma universidade de fora do DF em vez da UnB, a secretaria informou que, em 2023, técnicos da Semob tiveram acesso aos trabalhos do Laboratório de Transportes e Logística da UFSC (LabTrans) e consideraram o grupo “muito atuante nos órgãos de transporte e mobilidade na esfera federal, tais como Ministério dos Transportes e Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit)”.