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Caso Marília e Gabriel: réu fez perfil em homenagem a massacre escolar

André Felipe de Souza Pereira foi condenado a 2 anos e 3 meses de prisão por vilipêndio a cadáver, divulgação do nazismo e outros crimes

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1 de 1 Mulher e homem foto colorida 3 x 4 - Foto: Reprodução

Réu condenado por divulgar fotos dos corpos dos cantores Marília Mendonça e Gabriel Diniz, André Felipe de Souza Alves Pereira, de 22 anos, criou um perfil no Twitter (atual X) em homenagem ao Massacre de Columbine, nos Estados Unidos.

A 2ª Vara Criminal de Santa Maria, do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), condenou o jovem, nessa quarta-feira (27/9), a 2 anos e 3 meses de prisão por vilipêndio a cadáver, divulgação do nazismo, xenofobia, racismo de procedência nacional, uso de documento falso, atentado contra serviço de utilidade pública e incitação ao crime.

A investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que levou à prisão e posterior condenação de André Felipe foi revelada pela coluna Na Mira, do Metrópoles.

De acordo com a sentença do juiz de direito Max Abrahão Alves de Souza, o réu confessou ter criado o perfil @Klebold_OdiunX em “homenagem” a Dylan Klebold, um dos autores do Massacre de Columbine, que culminou na morte de 13 vítimas e dos dois assassinos na escola localizada no Colorado, Estados Unidos, em 1999.

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Homem preso por compartilhar fotos fez chacota com mortes de Marília Mendonça, Gabriel Diniz e Mamonas Assassinas
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Homem preso por compartilhar fotos fez chacota com mortes de Marília Mendonça, Gabriel Diniz e Mamonas Assassinas

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Por meio desse perfil, André Felipe divulgou mensagens “de cunho violento, incentivo a mortes e com armas de fogo”.

O juiz enfatizou que as publicações do réu ocorreram no início do ano, quando o Brasil “vivenciava um ambiente de consternação e medo em virtude de ataques em escolas, circunstância que demonstra inequivocamente o dolo do acusado de atentar contra o regular funcionamento das instituições de ensino, de natureza pública ou privada”.

“Portanto, é seguro concluir que o acusado, com vontade livre e consciente, atentou contra o regular funcionamento do serviço público de educação”, escreveu o juiz.

A conduta de André Felipe também foi acompanhada pelo Ministério da Justiça, por meio da investigação Escola Segura. Em informações repassadas à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) – responsável pela prisão do réu, em abril deste ano –, o órgão federal informou que André Felipe fez diversas postagens ameaçadoras e com armas de fogo, “em clara alusão ao Massacre de Columbine”, segundo a sentença.

De acordo com o juiz Max Abrahão Alves de Souza, o nome do perfil, as fotos e as mensagens em alusão ao Massacre de Columbine demonstram que o réu tinha “objetivo de fomentar o pânico e prejudicar o regular funcionamento das escolas”.

No mesmo perfil criado em “homenagem” ao assassino americano, André Felipe também incitou a prática de homicídio contra desafetos.

Perfil nazista

André Felipe mantinha outro perfil, ODIM_HIEDLER (@Odim_XXX), no qual divulgou links que direcionavam às imagens dos corpos dos artistas Marília Mendonça e Gabriel Diniz. Ele também fez postagens racistas contra nordestinos e estrangeiros. Segundo o processo, o nome do perfil remete ao nazismo (Hiedler é o sobrenome do avô paterno de Adolf Hitler).

O réu chamou nordestinos de “escória” e sugeriu colocá-los em “campos de concentração”. Em relação aos estrangeiros, atribuiu a eles “a destruição dos povos e a miscigenação de culturas e nações”.

A defesa de André Felipe nesse processo judicial é feita pela Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF). Procurado, o órgão disse que não divulgará informações sobre o caso.

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