Cacique Tserere diz que cometeu “equívoco” ao apontar fraude nas urnas
O indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tserere, está preso desde 12 de dezembro por atos antidemocráticos
atualizado
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O indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como Cacique Tserere, assinou uma carta na qual reconhece ter cometido um “equívoco” ao defender a tese de que houve fraude nas urnas eletrônicas. Ele está preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), por supostamente cometer atos antidemocráticos.
“Na verdade, não há nenhum risco concreto que aponte para o risco de distorção no resultado às urnas ou na vontade do eleitor brasileiro”, escreveu. A carta tem assinatura desta quinta-feira (5/1).
Leia a íntegra do documento:
Tserere disse que defendeu a tese de fraude “com base em informações erradas, fornecidas por terceiros”. A prisão do cacique serviu de estopim para atos violentos em Brasília, com depredação de prédios, além de incêndios contra ônibus e carros. Na carta, Tserere também pede perdão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao STF.
Na terça-feira (3/1), bolsonaristas divulgaram informações de que o indígena teria sofrido uma parada cardíaca, no Complexo Penitenciário da Papuda. No entanto, a informação foi desmentida pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF).
Advogado do indígena, João Pedro Mello disse ao Metrópoles que a notícia falsa “possivelmente surgiu de alguém querendo tumultuar o processo””. “Isso não é verdade. Não partiu dele, não partiu da defesa. Não sabemos com que intenção divulgaram isso, mas ele está bem. Com situação de saúde normal”, enfatizou.