Ricardo Cappelli provoca Ibaneis, e deputado sugere cassar título dado a ele
Depois da declaração de Cappelli com crítica a Ibaneis, Pastor Daniel de Castro (PP) sugeriu revogação de título de Cidadão Honorário
atualizado
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O ex-interventor da Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, saiu em defesa do governo federal e provocou o governador Ibaneis Rocha (MDB), no contexto da discussão sobre o Fundo Constitucional da capital do país (FCDF), na semana passada.
Depois da declaração de Cappelli com críticas a Ibaneis, o deputado distrital Pastor Daniel de Castro (PP) sugeriu a revogação do título de Cidadão Honorário de Brasília concedido ao ex-interventor, em maio de 2023.
Atual presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Cappelli provocou Ibaneis depois de o governador dizer que integrantes do governo federal “têm raiva de Brasília” por proporem, pela segunda vez, a alteração do critério de reajuste anual do valor repassado pela União ao DF.
“Raiva de Brasília tem quem possui orçamento de dezenas de bilhões e deixa a população morrer na fila da saúde”, disparou Cappelli.
Em seguida, Daniel de Castro disse que “Cappelli apoiou a modificação do orçamento do Fundo Constitucional do DF, uma das principais fontes de financiamento de serviços essenciais, correspondendo a quase 40% do orçamento da região”.
O parlamentar declarou que as críticas “mostram um desconhecimento sobre a complexidade da gestão de uma capital com mais de 3 milhões de habitantes”.
A discussão tem como pano de fundo as eleições de 2026. Cappelli é pré-candidato a governador do DF pelo PSB, partido de oposição a Ibaneis.
E Daniel de Castro pertence à mesma legenda da vice-governadora Celina Leão, também cogitada como candidata a suceder o emedebista, que foi reeleito em 2022 e não poderá disputar o mesmo cargo.
Nessa segunda-feira (2/12), Cappelli voltou a falar sobre o assunto e afirmou que a defesa do Fundo Constitucional do Distrito Federal “é tarefa de todos que vivem, moram e amam Brasília”. O ex-interventor também questionou sobre a aplicação dos recursos.