Campanha da OAB-DF pega fogo e pré-candidata pede afastamento do atual presidente
O atual presidente da entidade e pré-candidato à reeleição, Délio Lins e Silva Júnior, disse que “não pratica uso indevido da máquina”
atualizado
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A campanha da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF) pegou fogo nesta semana. A pré-candidata da oposição Thais Riedel apresentou um requerimento pelo afastamento do atual presidente da OAB-DF, Délio Lins e Silva Júnior, na quarta-feira (15/9). O pedido é feito diretamente para Délio, a fim de que ele saia do cargo voluntariamente.
Thais alega que o afastamento é necessário para evitar que o cargo de Délio, pré-candidato à reeleição, influencie nas intenções de apoio das eleições da seccional, marcadas para novembro deste ano.
“O atual presidente e sua gestão possam se valer do uso da máquina da ordem para realizar verdadeiros atos de campanha, mediante o uso de bens e serviços institucionais para promover a atual gestão, visando à reeleição”, escreveu.
No documento, Thais lembrou que Délio, quando era candidato em 2018, protocolou um requerimento semelhante. À época, ele solicitou o afastamento do candidato da situação, Jacques Veloso, do cargo de secretário-geral da OAB-DF.
Veja o requerimento na íntegra:
Campanha da OAB-DF pega fog… by Metropoles
O que diz Délio
Em nota, Délio disse que Thais “tem usado como expediente apresentar requerimentos contra mim junto à OAB, mesmo quando não tem como estabelecer qualquer nexo entre os fatos e as suas narrativas”.
“Esta é mais uma de suas tentativas de criar impedimentos que não existem. Seguirei trabalhando em prol da advocacia e em defesa das prerrogativas da nossa profissão”, afirmou.
O presidente da OAB-DF frisou que continuará no cargo. “Seguirei lutando por uma casa que deixa velhas práticas do século passado, como as que ela utiliza, para ingressarmos no século 21. Tecnologia, serviços na ponta, eleições on-line, assistência à saúde, apoio ao enfrentamento da Covid-19. A OAB-DF nesta gestão é uma casa atuante e templo da democracia. Nela, respeitamos todos os códigos de honra e de procedimentos, não sendo diferente com as normas eleitorais internas, as quais serão todas cumpridas ao longo do processo eleitoral que se avizinha”, assinalou.
Délio negou que tenha infringido qualquer norma: “Não pratico uso indevido da máquina e, portanto, não temo acusações infundadas. A verdade prevalecerá. Sigo em paz e mais disposto ainda ao verdadeiro debate, pois quem tem propostas não precisa tentar ganhar em tapetão”.