metropoles.com

Caixa de Pandora: Justiça condena Arruda à perda de direitos políticos

Arruda foi acusado de ser o chefe de um esquema de arrecadação de propina com empresas de informática para compra de apoio político

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Arruda - Metrópoles
1 de 1 Arruda - Metrópoles - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal condenou, nesta quinta-feira (5/9), o ex-governador José Roberto Arruda (PL) à perda dos direitos políticos por 12 anos em um processo de improbidade administrativa oriundo da Operação Caixa de Pandora.

Arruda foi acusado de ser o chefe de um esquema de arrecadação de propina com empresas de informática para compra de apoio político de deputados distritais, entre 2006 e 2009.

O juiz de direito Daniel Eduardo Branco Carnacchioni também condenou o ex-secretário de Arruda José Geraldo Maciel e o dono da empresa Call Tecnologia e Serviços Ltda, José Celso Gontijo, à perda dos direitos políticos pelo período de 10 anos.

Arruda, Maciel, Celso Gontijo e a Call Tecnologia e Serviços devem pagar, cada um, R$ 257 mil em multa, valor que deve ser atualizado.

O ex-secretário de Relações Institucionais do DF e delator da Caixa de Pandora, Durval Barbosa, foi condenado ao pagamento de R$ 257 mil em reparação de dano, de forma solidária aos demais réus.

A sentença proíbe os réus, exceto Durval, de contratarem com o poder público ou receber incentivos fiscais por 10 anos.

“As provas se conectam e formam um conjunto probatório robusto e harmonioso. Além de terem os nomes citados em gravações, os demais réus condenados nesta ação de improbidade tiveram suas vozes e/ou imagens captadas, o que evidencia participação direta no esquema de propina dos contratos de informática, em relação à empresa Call Tecnologia”, diz trecho da sentença.

O juiz rejeitou os pedidos para condenar o ex-vice-governador Paulo Octávio e Marcelo Carvalho de Oliveira. “Simplesmente não há prova suficiente de que os réus Paulo Octávio e Marcelo Carvalho receberam vantagens indevidas dos contratos de informática, em especial da empresa Call Tecnologia”, justificou o magistrado na decisão.

O advogado de Arruda e Maciel, Paulo Emílio Catta Preta, disse que “causa surpresa que as provas já reconhecidas e declaradas ilícitas pela Justiça Eleitoral sejam recicladas para a condenação por ato de improbidade”. “A prova contrária ao Direito não se presta a nenhuma utilidade jurídica, razão pela qual a defesa acredita na reforma da sentença em grau de recurso”, afirmou.

A reportagem tenta contato com a defesa dos outros réus.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?