Caixa de Pandora: processo contra Jaqueline Roriz vai para Justiça Eleitoral
Jaqueline Roriz foi acusada de peculato e corrupção passiva por receber R$ 25 mil de Durval para, supostamente, dar apoio político a Arruda
atualizado
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O juiz titular da 7ª Vara Criminal de Brasília, Fernando Brandini Barbagalo, enviou para a Justiça Eleitoral um processo da Caixa de Pandora contra a ex-deputada federal Jaqueline Roriz por peculato e corrupção passiva.
Jaqueline Roriz recebeu R$ 25 mil do ex-secretário de Assuntos Institucionais do Distrito Federal e delator da Operação Caixa de Pandora, Durval Barbosa.
Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o dinheiro seria destinado para a compra de apoio político para a campanha de José Roberto Arruda, em 2006, que acabou eleito governador do DF.
A defesa de Jaqueline Roriz alegou que o dinheiro seria destinado à campanha política dela, e não para apoio político a outro candidato. Os advogados da ex-deputada apontaram incompetência do TJDFT para julgar o caso, por ter relação com as eleições.
Na decisão, o juiz da 7ª Vara citou outros dois processos da Caixa de Pandora que foram enviados pelo TJDFT à Justiça Eleitoral, envolvendo os ex-deputados distritais Leonardo Prudente e Junior Brunelli.
Segundo Barbagalo, o caso de Jaqueline Roriz é semelhante aos dos outros ex-parlamentares, pois “também é oriundo da investigação denominada Caixa de Pandora e possui roteiro praticamente idêntico aos casos anteriormente citados”.
“Uma candidata a cargo público é filmada recebendo dinheiro do secretário de governo Durval Barbosa e alega que os valores recebidos seriam aplicados na campanha política, enquanto o Ministério Público alega que seria destinado para a ‘compra de apoio político’, sem fins eleitorais”, escreveu o juiz.