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Bucho cheio, meia tigela: Sejus-DF lança cartilha contra 27 termos racistas

O documento elaborado pela pasta elenca expressões preconceituosas, suas origens e sinônimos para substitui-las

atualizado

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A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) vai lançar uma cartilha com 27 expressões racistas, suas origens e sinônimos. A intenção é conscientizar a população a retirar os termos preconceituosos do vocabulário.

O documento, intitulado O Racismo Sutil Por Trás das Palavras, elenca como racistas, por exemplo, os termos “feito nas coxas”, “criado mudo”, “meia tigela”, “tem caroço nesse angu”, “bucho cheio”, “lavei a égua”, “não sou tuas negas” e “denegrir”.

Meia tigela surgiu quando os escravos que não faziam o serviço ao agrado do dono recebiam uma tigela de comida pela metade, segundo a cartilha. Os sinônimos indicados são medíocre e mal feito.

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O documento contém a origem dos termos e indica substituições
A cartilha ficará disponível no site da pasta
A pasta quer distribuir o documento nas escolas e em órgãos públicos após a pandemia do novo coronavírus
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A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) vai lançar cartilha contra expressões racistas

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O documento contém a origem dos termos e indica substituições

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A cartilha ficará disponível no site da pasta

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A pasta quer distribuir o documento nas escolas e em órgãos públicos após a pandemia do novo coronavírus

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Sobre “bucho cheio”, o documento explica: “Durante o período da escravização, nas minas de ouro, os escravizados apenas se alimentavam quando conseguiam preencher com ouro um buraco na parede conhecido como bucho”. “Bem alimentado” e “satisfeitos” são as substituições sugeridas.

A cartilha será lançada no site da Sejus-DF. A pasta pretende distribui-la em órgãos públicos e escolas após a pandemia do novo coronavírus.

“É importante alertar as pessoas de que esse tipo de linguagem está relacionado com o processo de desqualificação dos negros e reforçam no inconsciente coletivo da sociedade a relação preconceituosa entre negritude e negatividade”, disse a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

A Sejus-DF é responsável pelas políticas de promoção da igualdade racial e de direitos humanos na capital do país.

Em outra ação, nesta quarta-feira (24/06), foram criadas as cotas raciais nas vagas de estágio oferecidas nos órgãos públicos do DF. Os estudantes negros terão direito a 20% das oportunidades.

Confira, na íntegra, a cartilha:

O Racismo Sutil Por Trás Da… by Metropoles on Scribd

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