1 de 1 Movimentação de pacientes, funcionários e militares no Hospital de Campanha da Força Aérea Brasileira, para atender pacientes da dengue no DF - metrópoles
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O Brasil registrou 94 mortes provocadas pela dengue em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde atualizados nessa sexta-feira (16/2). Há outros 381 óbitos suspeitos em investigação.
Em todo o país, 555.583 casos prováveis da doença foram notificados até o momento. A maioria dos pacientes, 54,9%, é mulher.
Dengue: o que você precisa saber sobre a doença
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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Com 67.768 casos prováveis, o Distrito Federal é a unidade da federação com maior incidência da doença: são 2.405 casos por 100 mil habitantes. Logo atrás, está Minas Gerais, com 936 prováveis infectados por 100 mil moradores.
Em três dias de atendimento, o hospital de campanha que a Força Aérea Brasileira (FAB) montou em Ceilândia para ajudar o Governo do Distrito Federal no combate a dengue, já fez mais de 3 mil atendimentos
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Indagada, a FAB esclareceu que os 19 encaminhamentos que ocorreram desde o início dos atendimentos se tratavam de casos “graves e que não poderiam ser tratados no local”
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A estrutura, levantada ao lado da UPA 1 de Ceilândia, no setor P Norte, em apenas um dia e meio, conta com 60 leitos para atender pacientes 24 horas por dia
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Neste sábado (17/2), foi a vez da Prefeitura de Belo Horizonte (MG) decretar situação de emergência. A capital mineira registrou 3.718 casos de dengue e cinco mortes.
A situação de emergência autoriza os governos a comprar insumos, contratar serviços e profissionais.
Tanto no DF quanto em Belo Horizonte há autorização para a entrada forçada de agentes públicos que atuam no combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.